Como noticiado por nós, a Pullmantur está modificando a forma como atua no Brasil. Uma das quatro companhias de cruzeiro com escritório próprio no país, a marca encerrará a operação direta e irá focar em roteiros internacionais. Uma parceria com uma operadora nacional, poderá, no entanto, possibilitar o retorno do Sovereign para a costa brasileira já em 2016/2017.
Conforme adiantado há alguns dias pelo Mercado & Eventos, e repercutido por nós, a Pullmantur fechará seu escritório brasileiro no final desse mês.
Parte do grupo Royal Caribbean, a companhia latino-espanhola passa por reestruturação interna e está também reavaliando sua presença no mercado brasileiro, conforme explica em comunicado enviado ao PortalWorldCruises.com, reproduzido na íntegra a seguir:
“A Pullmantur irá operar no Brasil com uma nova estrutura comercial. Essa mudança é parte de um processo de reformulação da presença da companhia no País, com o objetivo de tornar a sua operação mais eficiente. A partir de agora, os esforços da empresa estarão concentrados nas rotas internacionais já realizadas pela Pullmantur.
A armadora continua empenhada em transportar milhares de brasileiros nas demais rotas que opera pela Europa e Caribe, onde os passageiros poderão aproveitar o sistema Tudo Incluído, que retorna ao mercado com algumas novidades.
Mais informações por meio do telefone (11) 3181-5700 ou em sua página na internet pullmantur.com.br”
Questionada sobre o que consiste a nova estrutura comercial no país, a Pullmantur ainda não retornou nosso contato.
Apuramos com fontes próximas a companhia, no entanto, que a nova estrutura envolve a parceria com uma grande operadora de viagens brasileira, que passaria a desempenhar as funções antes de responsabilidade do escritório brasileiro da companhia. A empresa seria responsável, inclusive, por fretar o Sovereign para roteiros pelo Brasil durante a temporada 2016/2017. Com histórico de parceria com a Pullmantur, a CVC é a mais cotada para assumir estas funções.
Parte do grupo Royal Caribbean, a Pullmantur poderia também ser representada no país pela sua matriz, que possui escritório no Brasil desde 2009 e é liderada no país por Ricardo Amaral. A administração das companhias, no entanto, em âmbito global, é independente.
Histórico no Brasil
A Pullmantur passou a atuar no Brasil no final de 2003, através da própria CVC. A operadora brasileiro fretou o Blue Dream, então parte da frota da Pullmantur, para a temporada brasileira 2003/2004. Inaugurado em 2000, o navio fez sucesso entre o público brasileiro, e transportou mais de 15 mil passageiros.
Impulsionada pela temporada inaugural bem sucedida, a CVC ampliou seu acordo com a Pullmantur e trouxe também outro navio da companhia, o Pacific, para o Brasil na temporada 2004/2005. Após mais uma temporada de sucesso, a CVC decidiu ampliar sua temporada para o ano todo, entrando em acordo com a Pullmantur para deixar o Pacific no Brasil durante 2005, incluindo a temporada de inverno local, com roteiros pelo Norte e Nordeste.
A parceria entre a CVC e a Pullmantur voltou a se ampliar em 2006/2007, quando a brasileira fretou três navios da Pullmantur: além de Pacific e Blue Dream, a empresa também trouxe ao Brasil o Sky Wonder. Com a venda da Pullmantur para a Royal Caribbean em 2006, sua frota começou um processo de mudança que, em longo termo, resultou na que é operada atualmente pela companhia. Assim, o Blue Dream foi transferido para a Azamara Cruises, e o Zenith o substituiu na Pullmantur.
Em 2007/2008, o navio substituiu o Blue Dream também no Brasil, somado ao Sky Wonder e ao Pacific (além de outras duas embarcações da Ibero), que retornaram para mais uma temporada sob a bandeira da CVC. A temporada seguinte trouxe grandes mudanças para a operação da CVC em parceria com a Pullmantur. A operadora brasileira fretou pela primeira vez quatro navios da companhia, incluindo os recém transferidos Empress e Sovereign.
Os navios vieram ao Brasil antes mesmo de estrear na Europa, região que era então, a principal região em operações da Pullmantur. Em 2009/2010, a parceria diminuiu e a CVC trouxe apenas três navios da Pullmantur, além de um da Louis. A temporada marcou a última em que a Pullmantur fretou seus navios para o operador.
Para 2010/2011, um novo contrato foi firmado, com a Pullmantur ganhando maior relevância na operação nacional de seus navios. De simples afretador, a companhia passou a atuar diretamente no Brasil com seus navios, sem no entanto, operar diretamente no mercado. A CVC continua como representante da empresa, e vendedora exclusiva de seus roteiros. Na temporada de lançamento do novo sistema, a Pullmantur trouxe o número recorde de cinco navios ao Brasil: Bleu de France (com as cores da sua subsidiária Croisières de France), Horizon, Zenith, Sovereign e Empress.
O acordo, que tinha duração de cerca de dois anos, foi cancelado em comum acordo durante o ano de 2011. Assim, na temporada 2011/2012, a Pullmantur passou a operar diretamente no mercado brasileiro, e de forma independente. Em sua temporada de estréia, trouxe pela primeira vez o Ocean Dream ao Brasil, junto ao Zenith, ao Empress e ao Sovereign. O escritório brasileiro da companhia – que fechará em 2016 – data dessa época; foi aberto em 2011.
Desde a chegada ao Brasil, a Pullmantur vinha operando Sovereign, Zenith e Empress no Brasil, variando portos de embarque, roteiros e duração das temporadas. Somente em 2015/2016, a companhia diminuiu a oferta, e anunciou que – pela primeira vez em quase dez anos – o Zenith não viria ao Brasil. A diminuição da oferta acabou ainda maior já que a temporada do Empress, foi cortada e, de sua duração original de quase seis meses, foi diminuída para cerca de três.
Para a temporada 2016/2017, confirmadas as expectativas, a companhia pode voltar a ter um de seus navios no país fretado. Até o momento, o Sovereign não tem destino para a época da temporada brasileira.
Tomara que voltem. Sem dúvidas é o melhor custox benefício do mercado brasileiro
Com a CVC, tem Nordeste com certeza. Chega dos mesmos roteiros!
Com a nova promoção da MSC, 2º passageiro grátis, ela está querendo dizer: Bye-Bye, Costa e CVC, não venha nos meus portos.