Novas restrições de viagem para norte-americanos em Cuba, divulgadas hoje pelo governo dos EUA, podem acabar com os cruzeiros do país a Cuba. A partir do dia 5, os cidadãos dos EUA não poderão mais viajar à ilha cubana com a autorização ‘people-to-people’.
A modalidade, que previa viagens educacionais e comunitárias, era utilizada pelas companhias de cruzeiro para justificar os cruzeiros a portos cubanos, como o de Havana.
Os cruzeiros haviam voltado para Cuba em 2015, quando as regras de viagem à ilha foram modificadas pelo governo Obama. Desde então, praticamente todas as companhias que navegam desde a Flórida passaram a realizar escalas em portos cubanos.
Anteriormente, navios com passageiros norte-americanos não visitavam Cuba desde 1962.
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Ainda que defina que as novas regras são válidas a partir de amanhã,o decreto do governo Trump tem margem para diferentes interpretações. De acordo com o documento, o cidadão que tiver comprado seu transporte para Cuba sob o pretexto ‘people-to-people’ até o dia 5 de junho, ainda poderá utilizá-lo, mesmo que a viagem só aconteça após a data em que as novas regras entram em vigor.
Companhias como a Royal Caribbean e a Virgin Voyages, no entanto, já cancelaram suas escalas cubanas. Enquanto a primeira cancelou as próximas duas escalas, marcadas para os dias 5 e 6 desse mês, a Virgin cancelou toda sua programação de paradas em Havana, que começaria em janeiro do próximo ano.
As duas marcas também informaram que irão publicar atualizações quando mais detalhes das mudanças estiverem disponíveis.
A NCL e a Carnival também realizam escalas regulares em Cuba partindo da Flórida.
Outra que opera regularmente é a MSC, com dois itinerários diferentes pela região, incluindo um com partida de Miami. Companhias dos EUA que passam esporadicamente pelo país incluem a Oceania e a Silversea bem como a HAL.
Navios europeus não são afetados
Companhias de cruzeiro europeias como a MSC Crociere e a Marella Cruises não serão afetadas pelas novas regras. Visitantes regulares de portos cubanos, as empresas poderão seguir escalando Cuba normalmente, desde que seus cruzeiros não se originem nos EUA nem contem com passageiros norte-americanos a bordo.
Outras companhias europeias que costumam visitar a ilha incluem a Phoenix Reisen e a Fred.Olsen Cruise Line. No passado, companhias como a Costa Crociere e a Pullmantur foram visitantes regulares de Havana e outros portos.
Texto (©) Copyright Daniel Capella (com informações de Cruise Critic) / Imagens (©) Royal Caribbean e MSC
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