Costa Serena partirá da Europa para a Ásia em 2015

Durante evento do setor em Tianjin, na China, a Carnival apresentou seus planos para o futuro do mercado de cruzeiros chinês. Promissor e considerado a maior aposta das companhias de cruzeiro para os próximos anos, a China deve ganhar uma marca do grupo Carnival para atender ao mercado de massa local.

Atuando na China com a Costa Crociere e a Princess Cruises, a Carnival Corporation pretende criar uma marca para atender ao mercado de massa local. A companhia operaria em um nível equivalente ao da Carnival Cruise Line, nos EUA.

Os executivos da empresa no país julgam a criação da nova companhia necessária, já que a Princess e a Costa operam em segmentos diferentes de mercado; enquanto a Costa oferece uma experiência italiana conhecida na região como “Itália no Mar”, a Princess serve o público up-market, oferecendo um produto premium, mais caro. Assim, o nicho de mercado de massa fica vazio, segundo eles, mesmo com a Royal Caribbean operando também na região.

“É por isso que estamos falando para tantas companhias sobre começar uma marca doméstica aqui”, disse Alan Buckelew, COO da Carnival Corp, em entrevista à Cruise Industry News. “Poderia eventualmente ser a maior marca do grupo”, acrescentou ele. O executivo falou à revista norte-americana na China Cruise Shipping Expo organizada pela China Cruise e Yacht Industry Association.

Sapphire Princess em Taiwan, durante seus cruzeiros com base em Shangai.

Buckelew foi recentemente transferido da sede da Carnival Corporation em Miami para o escritório de Shangai, ampliando suas funções na empresa, e passando a liderar também a expansão da corporação no Oriente. O executivo se referiu ao cenário atual da China como o encontrado pela própria Carnival nos EUA na década de 1970, quando sua expansão começou.

Atualmente três navios da companhia operam na região, dois da Costa (Costa Victoria e Costa Atlantica) e um da Princess (Sapphire Princess). Em 2015, o Costa Serena se juntará a esses navios para saídas a partir de Shangai durante todo o ano.

Construção de navios em solo chinês

AIDAprima em construção em Nagasaki, Japão

Anteriormente a Carnival havia assinado um termo de cooperação com o estaleiro chinês China State Building para o desenvolvimento da construção naval de cruzeiros na região. O memorando de entendimento incluí também a possibilidade da criação de uma joint-venture entre as duas empresas para a criação de um estaleiro especializado em cruzeiros.

Futuramente, pretende-se acrescentar o estaleiro italiano Fincantieri ao projeto, para que juntas, as três empresas possam desenvolver o projeto para um navio de cruzeiros de nível mundial, que seria o primeiro projetado e construído na China.

A construção de navios de cruzeiro continua sendo dominada exclusivamente por estaleiros europeus, ainda que navios de outros tipos estejam sendo construídos cada vez mais em outras regiões, como a própria China, que possui uma das maiores indústrias navais do mundo. O único estaleiro a construir navios de cruzeiro de grande porte fora da Europa nas últimas décadas é o Mitsubishi Heavy Industries, do Japão.

A instalação japonesa, no entanto, não é tão eficiente como os estaleiros europeus. Em 2003, um incêndio destruiu boa parte da superestrutura em construção do então Diamond Princess, que teve sua entrega atrasada em um ano devido ao incidente. O AIDAprima, atualmente em construção no estaleiro, também será entregue com grande atraso, dessa vez, porém, devido a problemas internos. A entrega que estava prevista para março de 2015 ocorrerá só em outubro desse mesmo ano.

Texto (©) Copyright Daniel Capella, com informações de Cruise Industry News. 
Imagens (©) Copyright Rui Minas Agostinho, Wei-Lin Chen e AIDA.

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