Impressões Vision of the Seas – Parte 4

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Para comemorar o aniversário do Vision of the Seas, da Royal Caribbean, resgatamos o último episódio da série Impressões feita a bordo do navio no final de 2011. O Vision, que completou 16 anos de operação no último dia 2, realizou três temporadas no Brasil entre 2010 e 2012, mas atualmente opera exclusivamente no Caribe, com embarque em cidades da Flórida. É o último navio da classe Vision, e veio ao Brasil originalmente para substituir o Island Escape, pouco antes transferido para a Thomson Cruises.

Nesta quarta parte do especial, listamos alguns pontos positivos e negativos que encontramos na ocasião de nosso cruzeiro, em dezembro de 2011. Foi um dos últimos cruzeiros do navio com embarque exclusivamente em Santos, logo em seguida passou a embarcar também no Rio de Janeiro. Apesar desta parte nunca ter sido publicada, as outras três já estão online. Para ver a primeira, que descreve melhor o navio e suas características técnicas, clique aqui. A segunda traz um relato sobre a programação a bordo, e as opções culinárias disponíveis, para vê-la, clique aqui. Já a terceira, sobre acomodações e roteiros, está disponível neste link. Ao ler este especial, tenha em mente que todos estes textos foram escritos na época da viagem, e possuem apenas atualizações pontuais. Apesar de ainda serem uma boa fonte sobre o Vision e a Royal Caribbean em geral, podem já não representar a realidade do navio e da companhia em alguns pontos. 

Pontos Altos

Detalhe do Some Enchanted Evening Lounge
“Bar do Zé”, um de nossos espaços
preferidos a bordo. 
  • O Vision possui todas as características que fizeram a Royal Caribbean famosa, apesar de não possuir as atrações “modernas” dos navios mais novos (ie Royal Promenade). Com a decoração leve e luxuosa, a grande quantidade de janelas e os ambientes grandes e arejados. 
  • Um de seus diferenciais em relação a navios de outras companhias é o serviço oferecido pela Royal Caribbean. Apesar de não ter bebidas incluídas, no Vision é possível encontrar facilmente e durante todo o dia e começo da noite – sem a necessidade de pagamento – limonada, outros sucos, refrescos, café e chás em várias áreas do navio, incluindo o restaurante principal. 
  • A animação do navio, liderada pela diretora de cruzeiros Cláudia Periou, e pelo gerente de atividades Daniel Dornas, foi um ponto positivo em nossa viagem, com shows agradáveis, e várias atividades durante todo o dia. 
  • O design e planta do navio é com certeza um ponto positivo, o Centrum, com seus cerca de sete andares e paredes de vidro, o Solarium, com sua temática romana e teto envidraçado, e o Viking Crown Lounge, com sua vista panorâmica de 360º, além do Some Enchanted Evening Lounge, um local único e muito bem decorado, são ambientes de destaque. Detalhe: a equipe de animação chamava este lounge de “Bar do Zé”, para facilitar o entendimento e a pronúncia para os passageiros brasileiros. 
Área traseira do Viking Crown Lounge,
hoje ocupada por um restaurante de especialidade. 
  • Quem aprecia arte em geral, fica extasiado a bordo, não só do Vision, mas também em todos os navios da Royal Caribbean. Desde a enorme escultura do Centrum, as escadarias com pinturas, esculturas e tapeçarias, o navio inteiro é uma obra de arte. E obra temática, no Vision, elementos da mitologia e do zodíaco são os principais motes para os artistas, convidados a criar peças aos ambientes. Diferentemente do que acontece em outros navios, no entanto, o tema é sútil, e não o transforma em uma “caricatura” daquele determinado tema.

Pontos Baixos

Última escala do Vision em Santos em Abril
de 2012. 
  • Quando embarcamos no navio, no final de 2011, era evidente a necessidade de manutenção, tanto nas áreas públicas como nas cabines do navio. Marcas de uso estavam presentes em diversos espaços do navio, que foi totalmente revitalizado no final de 2013, e já não deve apresentar este tipo de problema. 
  • Viajar no Vision é ter uma experiência diferenciada, um cruzeiro clássico, em um navio luxuoso que é grande, mas pode parecer mediano próximo aos gigantes atuais. Quem prefere este tipo de cruzeiro, no Brasil oferecido pelos gigantes italianos, pode estranhar uma experiência no Vision, mais intimista e glamourosa. 
  • O serviço em geral na nossa viagem, em se comparando com outros navios da Royal, deixou um pouco a desejar. Especialmente no que diz respeito a nossa cabine. Cabine, que aliás, também necessitava de uma revitalização. 
  • Quem não tem maior conhecimento da indústria de cruzeiros, e apenas conhece a fama internacional de “inovadora”, da Royal Caribbean, se decepciona ao embarcar e descobrir que o Vision é apenas um navio “comum”, em uma frota que hoje possui navios com simulador de queda livre e parques com plantas reais a bordo. Esse fato é resultado também de agentes de viagem despreparados e com pouco conhecimento do produto que vendem. 

Conclusão Final

Escultura suspensa no atrium, retirada em 2013.

O Vision é um belo navio, tem a “mood” caribenha e todas as características tradicionais da Royal Caribbean, propiciando uma ótima experiência. É um navio símbolo da frota, liderando uma classe de seis navios e que foi um marco na história da companhia. Ainda assim, se distingue de seus gêmeos por sua diferente “personalidade”. É mais descontraído que o tradicional Splendour of the Seas, seu quase-gêmeo mais velho, ainda que conte com todas as características encontradas no seu irmão mais velho. Com muitas áreas envidraçadas, é um clássico da Royal Caribbean, e mais tarde moldou todos os navios da companhia. Foi uma perda significativa para a temporada brasileira como um todo, que além do navio, perdeu um pouco da variedade de roteiros e portos de embarque (da companhia, apenas o Vision embarcava no Rio). Apesar de as vezes ser, compreensivelmente, ofuscado por seus companheiros de frota mais novos, é uma ótima opção em qualquer área que operar, e inclusive possui uma legião de fãs em diversas regiões do mundo.


Para mais fotos do interior do navio, clique aqui

Para ver a primeira parte do especial, com introdução e características do navio, clique aqui. Já a segunda, com programação e refeições a bordo está disponível neste link. A terceira, com a terceira, com roteiros, e acomodações pode ser acessada através deste link
Observamos que este artigo não tem nenhuma relação com nenhuma companhia ou agência de viagens, é apenas a percepção de nossa estada a bordo. Os dados aqui postados, tem como fonte material fornecido a bordo e catálogos das companhias, que podem ser modificados com o tempo. Horários, valores, e informações sobre bandas e shows podem ter sofrido alterações. 


Texto e Imagens (©) Copyrights Daniel Capella.
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3 Comentários

  1. Excelente matéria;
    Acho que se for comparar o Vision com o Splendour na época em que ambos estavam no Brasil o Splendour certamente ganha pois está revitalizado. Mas se olhar a disposição interna acho que o Vision é melhor, dá a sensação de ser mais amplo.
    Adorei os dois, agora é esperar algo diferente.

  2. Concordo com voce André, mas agora que o Vision está revitalizado também, dizem ter ficado parecido com o Splendour, só que o Vision é um pouco maior mesmo que o Splendour, o que pode ainda fazer diferença.

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