Com 21 casos de COVID-19 a bordo, Grand Princess é impedido de atracar nos EUA

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O vice-presidente dos EUA, Mike Pence confirmou em uma conferência na tarde desta sexta-feira, que 21 pessoas a bordo do Grand Princess estão com o novo coronavírus.

Os passageiros e tripulantes realizaram exames para detectar a COVID-19 após um ex-passageiro de 71 anos do navio morrer com a doença na semana passada. Além dele, outras sete pessoas que realizaram o último cruzeiro na embarcação da Princess Cruises também foram infectadas.

Com a confirmação dos novos casos a bordo, a embarcação será desviada para um porto não comercial, onde os passageiros desembarcarão neste final de semana.

Antes, no entanto, todos deverão realizar exames para detectar o coronavírus. Até o momento, apenas 45 pessoas fizeram o teste. No total, o navio conta com cerca de 2,422 passageiros e 1,111 tripulantes a bordo. Dos que tiveram o vírus confirmado, 19 são tripulantes e 2 passageiros.

Os novos exames serão realizados em uma base militar, de acordo com o vice-presidente. Pence também disse que os tripulantes provavelmente foram contaminados com o vírus em dois cruzeiros diferentes e assim, serão colocados em quarentena assim que desembarcarem.

Já os passageiros, só devem ser isolados no caso de apresentarem sintomas ou forem diagnosticados com o vírus. 

Os hóspedes, no entanto, devem permanecer em suas cabines enquanto não desembarcarem. 

Navio foi impedido de atracar em San Francisco

Finalizando um cruzeiro ao Havaí, o Grand Princess não foi autorizado a atracar no Porto de San Francisco, nos EUA, na última quarta-feira (5). Com a informação de que um grupo dos passageiros havia sido diagnosticado com a COVID-19, o governo dos EUA exigiu exames antes de liberar operações em seu território com o navio. 

Assim, deslocou um helicóptero para enviar testes ao navio. As amostras do grupo de risco – os passageiros que também estavam na viagem interior e aqueles tripulantes que apresentaram sintomas da doença – também foram retiradas de helicóptero e foram testadas em um laboratório em terra. 

A Princess Cruises já cancelou o próximo cruzeiro do Grand Princess, que partiria da Califórnia neste sábado (7). O cruzeiro também visitaria o Havaí, em 14 noites. De acordo com a companhia, todos os passageiros receberão reembolso do valor pago pela viagem, além de um crédito para cruzeiro futuro de mesmo valor do gasto na viagem cancelada. 

A companhia ainda irá reembolsar outros gastos relacionados ao cancelamento, incluindo taxas de mudança de passagem aérea e mais. 

Inaugurado em 1998, o Grand Princess era o maior navio do mundo na ocasião de sua entrada em serviço. Construído na Itália, tem capacidade para até 3,100 passageiros e 107,517 toneladas. Seu design é similar ao do Diamond Princess, que passou por quarentena no Japão. 

Diamond Princess registra total de 135 casos de coronavírus a bordo

Após 700 casos, Diamond Princess será higienizado em doca-seca

A quarentena do Diamond Princess foi encerrada no final de fevereiro, após mais de duas semanas. O saldo final foi de 705 contaminados a bordo, com 7 passageiros morrendo após desembarcar. 

Sem cruzeiros programados até meados de abril, o Diamond Princess será colocado em doca-seca para limpeza. O navio deve voltar a realizar cruzeiros no Japão posteriormente, em cerca de um mês. 

Governo dos EUA desaconselha viagens de cruzeiro no momento

Com a situação no Grand Princess, o governo dos EUA considera formas de desencorajar as pessoas a realizar cruzeiros. A iniciativa é parte de um esforço do Governo Trump para evitar a transmissão do coronavírus no território norte-americano. 

De acordo com a Reuters, nenhuma decisão definitiva foi tomada até o momento. O governo poderia desaconselhar todos ou apenas alguns cidadãos norte-americanos de embarcar nos navios. 

O vice-presidente Mike Pence irá se reunir com os CEOs das companhias de cruzeiro neste sábado (7), para discutir a relação do mercado com o coronavírus. Frank del Rio, da NCL; Arnold Donald, da Carnival; e Richard Fain, da Royal Caribbean, são esperados na reunião.

De acordo com o Washington Post, as companhias de cruzeiro, e também as companhias aéreas, poderiam receber isenção temporária de imposto, como forma de aliviar as perdas com o coronavírus. 

Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright divulgação

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