EUA define regras e abre caminho para volta dos cruzeiros ao país

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Carnival Conquest é visto no Porto Everglades, na Flórida

Após meses de indefinições, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) publicou todas as normas técnicas necessárias para a retomada dos cruzeiros no país. 

Para voltar a operar no país, as companhias precisarão receber um certificado do órgão norte-americano, chamado COVID-19 Conditional Sailing Certificate. Para isso, precisam atender uma série de requisitos complexos e avaliações que incluem a realização de viagens teste com passageiros. 

Existe, no entanto, uma exceção: se 98% da tripulação e 95% dos passageiros estiverem totalmente vacinados, as viagens teste são dispensadas. 

O CDC definiu também que é preciso notificar e requerir a aprovação para realização de uma viagem teste com, ao menos, 30 dias de antecedência. As solicitações devem ser respondidas pelo órgão em cinco dias úteis.

As companhias de cruzeiro também precisarão enviar ao CDC informações sobre datas, locais a serem visitados, e documentação que comprove, entre outras coisas, um acordo sanitário com um porto norte-americano. Também será preciso comprovar acordos com as autoridades de saúde de portos estrangeiros onde os navios pretendem atracar durante as viagens simuladas. 

Com a definição dos termos das viagens simuladas, os operadores agora tem, de acordo com o CDC, todos os requerimentos e recomendações necessárias para poder solicitar o COVID-19 Conditional Sailing Certificate e, assim, retomar viagens regulares nos portos do país. 

Conditional Sailing Order (CSO)

Navio da Royal Caribbean atraca em Miami, na Flórida

Após proibir a operação comercial de cruzeiros no país em Março de 2020, o CDC havia publicado a Conditional Sailing Order (CSO) no final de Outubro. Na ocasião, a medida abriu espaço para uma eventual retomada dos cruzeiros, definindo que a volta dos navios poderia ocorrer, caso diversas condições e exigências fossem atendidas. 

O CDC, no entanto, não havia publicado a totalidade destas exigências até o começo desde mês. Ainda que algumas normas técnicas já viessem sendo liberadas desde Outubro, as companhias ainda aguardavam informações adicionais e viáveis. 

Por meses, executivos das companhias disseram que a atuação do CDC tornava inviável um retorno das operações. 

“(A ordem) define uma abordagem em quatro fases. Mas quatro meses e meio depois, ainda estamos na fase um e ainda não sabemos o que será requerido na fase dois. É praticamente inviável, para nós e para o CDC”, disse, em março, Richard Fain, o CEO e Presidente do Grupo Royal Caribbean. 

“Acreditamos que a ciência já avançou além da CSO. Era um processo ótimo lá atrás. Em Outubro, acreditávamos que era uma mudança positiva, mas hoje está desatualizada”, acrescentou na ocasião. 

Texto e Imagens (©) Copyright Daniel Capella

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