O governo dos Estados Unidos da América estendeu sua proibição para a operação de navios de cruzeiro. A medida está relacionada ao surto do novo coronavírus no hemisfério ocidental.
Através de seu Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o país norte-americano havia originalmente desautorizado os cruzeiros em 14 de março. Na ocasião, a ordem era válida por 30 dias.
Agora, a proibição tem validade indeterminada e só poderá ser suspensa em três situações: o fim do estado de emergência de saúde pública em razão da COVID-19 que atualmente vigora; uma rescisão ou modificação do documento pelo diretor do CDC, baseada na saúde pública ou em outra consideração pertinente; ou ainda transcorridos 100 dias da entrada em vigor da proibição.
A medida é válida para todos os navios em águas que tenham jurisdição dos EUA.
Cerca de 100 navios de cruzeiro estão em águas norte-americanas
De acordo com o CDC, ao menos 100 navios de cruzeiro estão nas águas do país, com cerca de 80,000 tripulantes a bordo. A maior parte das embarcações está fundeada próximo a Costa Oeste, Costa Leste e no Golfo do México.
Ainda segundo o órgão, nas últimas semanas, ao menos 10 destes navios relataram passageiros ou tripulantes com a COVID-19 ou sintomas suspeitos. Eles se somam à 20 outras embarcações que já tem casos confirmados do novo coronavírus confirmados entre os tripulantes que seguem a bordo.
O CDC ainda afirma estar trabalhando junto com as companhias de cruzeiro para desenvolver um plano que garanta a segurança dos passageiros e tripulantes.
O plano deve ser aprovado não só pelo órgão, mas também pela Guarda Costeira dos Estados Unidos e apresentar resposta completa para casos de COVID-19, que incluam ajuda limitada do governo.
Em outras palavras, o CDC quer que as companhias se responsabilizem pelo atendimento de possíveis acometidos pelo novo coronavírus sem que dependam de recursos públicos de qualquer esfera.
Texto e Imagem (©) Copyright Daniel Capella