Fórum CLIA | Cruzeiros devem ficar mais longos e visitar menos portos

0
cruzeiros itinerários
Navegação

De acordo com o presidente executivo da CLIA Brasil, Marco Ferraz, os itinerários dos navios de cruzeiro devem passar por alterações significativas nos próximos anos. 

Enquanto buscam soluções definitivas para cortar as emissões atmosféricas de suas frotas, as companhias trabalham em alternativas em sua jornada rumo a descarbonização. 

Uma das ações é operacional, explicou Ferraz, com as operadoras mudando itinerários de forma a diminuir a velocidade de navegação de suas embarcações, mitigando, assim, as emissões. 

“É uma forma de consumir menos enquanto não chegamos a um combustível que zere as emissões”, acrescentou durante o 6º Fórum CLIA Brasil, que aconteceu em Brasília no final de agosto

Diminuir a velocidade dos navios, no entanto, não é uma tarefa tão simples e pode mudar significantemente os padrões operacionais atuais, disse Ferraz.

Marco Ferraz, Presidente Executivo da CLIA Brasil

Em um roteiro de sete noites entre Santos e o Prata, por exemplo, talvez não seja possível visitar Buenos Aires. 

“Será que vamos ter que aumentar para nove ou dez noites? Ou não vai dar mais para chegar em Buenos Aires?”, indagou. 

De acordo com ele, a resposta reside nas próprias companhias, que tomarão as decisões baseadas em questões comerciais e de demanda. 

“De qualquer forma, muita coisa vai mudar por conta disso, em relação as operações”, concluiu Ferraz. 

Descarbonização

Novos navios Carnival
Navios movidos a GNL como o Carnival Celebration, na foto, tem menor impacto ambiental 

As companhias de cruzeiro associadas à CLIA Brasil tem trabalhado em tornar suas operações mais sustentáveis.

Uma das principais ações planejadas é a descarbonização de suas frotas, com compromisso de zerar emissões de gases de efeito estufa até 2050. 

“Para a CLIA, o tema de sustentabilidade é uma prioridade, junto com a saúde e segurança dos hóspedes, tripulantes e pessoas que vivem nas cidades que visitamos”, disse Ferraz. 

Além de medidas operacionais, as companhias vem focando na utilização de novas tecnologias, incluindo o fornecimento de energia elétrica para os navios em portos e novos combustíveis como o gás natural liquefeito (GNL). 

Considerado um dos combustíveis navais mais limpos atualmente disponíveis, o GNL permite diminuir consideravelmente a emissão de gases nocivos como o CO2. 

O gás, no entanto, é considerado um combustível de transição rumo a uma nova fonte de energia que possa zerar as emissões.

Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Daniel Capella e CLIA Brasil 

Compartilhar