O SS United States completou sua viagem final nesta segunda-feira (3/3), após cerca de 12 dias navegando pela costa dos Estados Unidos.
Prestes a se tornar o maior recife artificial do mundo, o antigo transatlântico havia partido do porto de Filadélfia – porto onde permaneceu atracado por quase 30 anos – no último dia 20.
Rebocado por embarcações especializadas, o SS United States passou quase duas semanas em alto-mar antes de chegar ao porto de Mobile, porto norte-americano no Golfo do México.
Agora, o navio irá passar por adaptações e preparativos antes de ser propositalmente afundado na costa da Flórida.
A operação deve levar cerca de 12 meses e inclui a remoção de partes da superestrutura da embarcação, além de poluentes e outros materiais prejudiciais.
Ajustes também serão realizados para garantir que o SS United States afunde se acomode no fundo do mar verticalmente, de forma a facilitar mergulhos no futuro.
Patrocinado e organizado pelo Condado Okaloosa, o projeto visa transformar o antigo navio em um polo de vida marinha, servindo como habitat para diversas espécies de peixes e outros animais.
De acordo com o condado, o recife artificial ainda servirá como um atrativo turístico para a região, se tornando um polo para mergulhos e atividades náuticas.
Sobrevivente da era de ouro dos transatlânticos
Um dos últimos sobreviventes da era de ouro das viagens transatlânticas, o SS United States foi construída em 1952 e estava atracado na Filadélfia desde 1996.
O navio é considerado um transatlântico real por ter sido construído para realizar viagens de linha, realizando viagens intercontinentais ainda antes do advento dos aviões a jato.
Construído com subsídios do governo dos EUA, o SS United States é até os dias atuais do recorde de velocidade na rota entre o porto de Southampton, na Inglaterra, e Nova Iorque, tendo realizado a viagem em apenas três dias, dez horas e 40 minutos.
Além de transformar o SS United States em um recife artificial, o Condado de Okaloosa irá patrocinar e apoiar a construção de um museu para resguardar a memória e legado do navio.
O centro cultural irá contar com acervo histórico realizado à embarcação, além de partes de sua superestrutura – como chaminé e mastro – que serão removidos em Mobile.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Condado de Okaloosa
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