A Royal Caribbean International tem no momento dois navios, de grandes dimensões, em encomenda para sua marca principal, a Royal Caribbean Cruise Line. Mesmo assim, a expansão, é pequena, em se comparando a última década, quando a companhia recebeu de diversos estaleiros 13 navios diferentes, incluindo os dois maiores do mundo Oasis, em 2009 e Allure of the Seas, em 2010. Este, inclusive, foi o último navio a entrar em operação pela companhia.
Região da Boardwalk e carrocel. Clique aqui para ver mais fotos do interior do Oasis. |
Os dois novos navios, que entrarão em operação entre 2014 e 2015, estão sendo construídos nos estaleiros Meyer, na Alemanha, e serão menores que os da classe Oasis, apesar de ainda serem gigantes, com capacidade para 4,100 passageiros, e 158 mil toneladas. A Royal Caribbean ainda tem opção de construir mais navios para essa nova classe, chamada temporariamente de Sunshine, assim como teve a opção contratual, que acabou não exercida, para construir um quarto navio da classe Freedom, com entrega em 2011.
Na mesma época em que não exerceu essa opção, a Royal Caribbean chegou a afirmar que não pretendia, e dificilmente construiria um novo navio da classe Oasis, e que os dois navios encomendados já eram um investimento altamente arriscado, já que os navios tem capacidade para aproximadamente 6,000 passageiros cada. O investimento, porém, parece ter dado certo, pois o jornal finlandês Turun Sanomat reportou na última quarta-feira que um Ministro finlandês estaria negociando com bancos para conseguir o financiamento necessário para a construção de um terceiro navio da classe Oasis.
Opal Dining Room, um dos maiores restaurantes do mundo. |
O navio seria construído no STX Finland, mesmo estaleiro que construiu os dois primeiros, e que só tem dois navios de cruzeiro em encomenda, um cruise-ferry para a Viking Line, e um protótipo para a TUI Cruises, que é uma marca da própria Royal Caribbean. Os navios da classe Oasis, são os maiores do mundo por grande margem, com mais de 225 mil toneladas, além disso, são os mais inovadores da história, com um teatro de águas a céu aberto, um parque no centro do navio com plantas reais, e varandas internas, e um carrocel também a céu aberto, em uma outra área semelhante ao Central Park.
A justificativa para a construção do terceiro Oasis, pode ser a falta de ordens no estaleiro finlandês, que acabaria diminuindo suas atividades, e demitindo funcionários, o que baratearia a construção para a Royal. Apesar do período difícil que a indústria de cruzeiros vêm enfrentando, para a Royal em especial, o novo navio também poderia ser uma opção interessante, uma vez que os gêmeos da classe Oasis, são os que possuem os maiores índices de ocupação na frota, e também os que trazem mais lucro à companhia. A questão seria onde basear outro navio de tais dimensões.
Rising Tide Bar e Royal Promenade ao fundo. |
O Oasis e o Allure operam durante todo o ano no Caribe, com embarques em Fort Lauderdale, na Flórida. As instalações do terminal da cidade, conhecido como Port Everglades, foram adaptadas para receber os navios, assim como os portos de escala das viagens semanais dos navios, que passaram por alterações semelhantes. O terceiro navio, poderia ser baseado na Europa, ou na Ásia, porém, os portos necessitariam passar por processo semelhante de modernização, apesar de alguns, como o de Barcelona, já terem tido iniciativas neste sentido. O navio também seria alterado para adaptar-se a estes mercados, e ainda possibilitaria um recondicionamento do restante da frota, para atender a mercados emergentes como o Oriente Médio e a América do Sul.
O próprio Caribe também não está descartado, o porto de Miami ou de Port Canaveral podem ser considerados opções, desde que estejam prontos a recebê-lo. Se encomendado logo, o navio poderia ser entregue entre 2015 e 2016, a data dependeria da própria Royal Caribbean, que terá de decidir quanto a exercer ou não a opção da construção de um segundo navio para a TUI Cruises, que é uma joint-venture com o grupo alemão TUI Ag. A Royal Caribbean se pronunciou sobre a notícia do jornal finlandês, e afirmou que não comenta rumores.