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Adrian Ursilli diretor comercial e de marketing da MSC Brasil. |
Após a apresentadora Xuxa Meneghel cortar a fita e inaugurar o MSC Preziosa para a temporada brasileira, o diretor geral da companhia para o Brasil, Adrian Ursilli, Diretor Comercial e de Marketing da MSC Cruzeiros Brasil, concedeu uma pequena coletiva à imprensa nas dependências do Yatch Club do navio. Entre os vários assuntos citados, Ursilli falou do mercado brasileiro e seus desafios.
Questionado a respeito das perspectivas do mercado e do porquê das companhias em um sentido geral não investirem mais fortemente no Brasil, o executivo deixou claro que não pode falar por outras empresas, enquanto lembrou que o Preziosa é o mais novo e maior navio da frota de sua companhia. No entanto, resumiu a questão dizendo que o mercado de cruzeiros atual é global, e que as companhias procuram as áreas que são mais vantajosas operacional e financeiramente. Criando uma analogia, colocou o Caribe, os Emirados Árabes em uma balança, contrabalanceada com o mercado brasileiro, concluindo que atualmente para a MSC o Brasil ainda consegue “equilibrar” o equipamento. Porém, alertou que caso nada mude, a situação pode mudar, citando que outras companhias tem diminuído a oferta no país por conta das dificuldades operacionais.
Para ele, o “Custo Brasil” nesse caso, não refere-se somente aos valores mais altos pagos pelas empresas para operar no país, mas também a burocracia exagerada, a lobbies comerciais e à falta de infraestrutura. Um indicativo de que a história pode começar a partir da próxima temporada também para a MSC é a ida de um navio da companhia pela primeira vez para o continente asiático. Adrian, no entanto, sequer citou este fato, e disse que espera repetir o sucesso das temporadas passadas na temporada que se inicia e também na 2014/2015, conseguindo segundo ele que todas as saídas da companhia na região se aproximem o máximo possível do 100% de lotação.
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Yatch Club do MSC Preziosa durante a entrevista. |
Ainda segundo ele, a MSC será a líder isolada na América do Sul na próxima temporada, com 48% do market share da região e oferta de 304,000 leitos. Destes, apenas 79,000 são dedicados ao mercado argentino, o que significa que a companhia pretende embarcar apenas no Brasil 225,000 passageiros até o final de março, quando os navios retornam à Europa.
Na Europa/EUA, o preço de uma cabine dupla, para um cruzeiro de 7 noites,
está na faixa de US$1.200/1500 no Brasil US$2.500/3.000. Eles não deviam
reclamar, quem paga o "custo Brasil", somos nós passageiros.
Eduardo Berbert