Dominic Paul, VP Global da Royal Caribbean, com Ricardo Amaral, VP para
América Latina e Caribe.

Em um coquetel realizado na terça-feira em São Paulo, a Royal Caribbean International comemorou os cinco anos de seu escritório brasileiro, que serão completados no dia 1° de Julho. A empresa também apresentou ao público brasileiro o vice-presidente global Dominic Paul, que pela primeira esteve no Brasil como tal. 

A Royal Caribbean International está prestes a completar cinco anos da inauguração de seu escritório no Brasil, e está satisfeita e feliz com o seu negócio no país. Após ser representada pela Sun & Sea por anos, a Royal Caribbean abriu em 1° de Julho de 2009 seu primeiro escritório brasileiro, que passou a representar exclusivamente as suas três marcas (a própria Royal Caribbean, a Celebrity Cruises e a Azamara Club Cruises) no país.

Com o ideal de melhorar seu negócio no Brasil e a princípio desenvolver o mercado local como destino de seus navios, a empresa chegou a se mudar para um espaço maior para poder aumentar sua equipe em 2010. Neste tempo, porém, o foco do negócio da companhia no Brasil mudou. Com as dificuldades operacionais enfrentadas pelas companhias de navegação no país, a Royal Caribbean passou, como ficou claro no começo do ano passado, a apostar na venda de seus cruzeiros ao redor do mundo para o público nacional.

Passados quase cinco anos desde a entrada oficial da empresa no mercado nacional, Ricardo Amaral, à frente do projeto desde o começo, e hoje vice-presidente também para toda a América Latina e Caribe, e Dominic Paul, vice-presidente internacional da empresa, fizeram um balanço da atual situação do país para a companhia, e do que foi atingido nos primeiros cinco anos de negócio durante entrevista coletiva no Bar des Arts, em São Paulo, na última terça-feira. A conclusão geral foi de que o resultado do investimento é satisfatório.

Segundo Amaral, a Royal Caribbean é hoje líder em embarque de brasileiros fora do Brasil, o que torna o país um mercado premium para a companhia. “We love Brazil”, afirmou Dominic em sua avaliação, ao concluir que a matriz está satisfeita e feliz com o resultado por aqui, e emendar que a empresa aguarda ansiosamente os próximos cinco anos de seu escritório regional. Os executivos enfatizaram, no entanto, a mudança de estratégia desde o início das operações na região. Atualmente, a Royal Caribbean não tem interesse em aumentar sua presença no país com o deployment local, ou seja, no momento não planeja aumento na oferta de cruzeiros no país. Ainda assim, frisaram o investimento no mercado local com “milhares de dólares” investidos anualmente no país, em ações de marketing, e na operação do navio no país e do escritório em si.

Ricardo Amaral

O deployment local, no entanto, é considerado delicado pela companhia. Como Ricardo explicou, o ambiente de negócio para esse tipo de operação no Brasil está longe de ser ideal, o que não só dificulta a operação, mas também prejudica o lucro da companhia, e impede um investimento maior na vinda de navios ao país. Ainda assim, o executivo se mostrou otimista em crer que o governo está procurando maior flexibilidade para lidar com o setor, e afirmou acreditar em uma melhora na situação. Dominic Paul, por sua vez, disse que assim que os “problemas” estiverem resolvidos, a empresa apostará na temporada local com maior quantidade de navios.

Dentro da estratégia de levar o público para fora do país, Paul se mostrou impressionado com a quantidade de passageiros brasileiros em outros destinos. Lembrando que sua frota possui mais de 20 navios ao redor do mundo, ele frisou sua surpresa com o último réveillon em um dos três navios da companhia na Austrália que contou com um grupo grande de passageiros brasileiros. “É um grande caminho a percorrer (do Brasil até lá)”, dizia o executivo para ilustrar a vontade do brasileiro de viajar com a companhia em todo o mundo.

Dominic Paul

Os executivos confirmaram que a temporada 2014/2015 na América do Sul terá apenas o Splendour of the Seas, e prometeram novidades para os próximos anos, mas sem dar mais detalhes. Um anúncio oficial sobre a temporada 2015/2016 deve acontecer somente em meados de maio (mas nós fizemos já possuímos uma previsão sobre a época, confira). Apesar dos problemas, a Royal Caribbean não tem a intenção de deixar o mercado brasileiro. Questionado pelo Portal WorldCruises.com se, diante dos problemas enfrentados na região, não seria mais vantajoso para companhia basear o Splendour em outro destino onde fosse possível obter maior lucro, Ricardo deu uma boa notícia para o mercado nacional.

A empresa vê na operação local uma forma de demonstrar a essência de seu produto para o passageiro brasileiro, que posteriormente pode se interessar em conhecer outros destinos com a companhia e voltar a embarcar em outra parte do mundo. Porém, segundo ele, além disso, a Royal Caribbean quer ter o Brasil e a América do Sul em seu portfólio de destinos internacionais, trazendo inclusive, uma grande quantidade de passageiros estrangeiros para conhecer a região. “15% dos passageiros do Splendour no Brasil foram estrangeiros na última temporada”, afirmou Amaral que concluiu que a companhia vê a temporada brasileira destas duas formas. As declarações contrariam claramente rumores que surgiram recentemente e que afirmavam que a companhia pretendia deixar a operação local.

Durante a entrevista, Dominic Paul ainda frisou o conceito WOW, campanha global de marketing da companhia, que, segundo ele, transmite a mensagem da companhia de inovação.

Para ver mais fotos do evento, clique aqui.


Texto e Imagens (©) Copyright Daniel Capella.

8 Comentários

  1. Não é questão de não assumir Eduardo, é que são administrações independentes. Acredito que só Richard Fain e o conselho de diretores falem por todas as marcas. Fora isso, são grupos diferentes: Azamara, Celebrity e Royal; Pullmantur e CDF.

  2. De certa forma Eduardo, mas veja bem, por mais que ambos sejam produtos Coca-Cola, a equipe da Sprite não necessariamente é a mesma da Fanta. Dentro Carnival, por exemplo, o grupo Costa não responde pela P&O Australia ou a Princess, por exemplo. São empresas da Carnival, mas com diferentes executivos, escritórios, estratégias e etc.

  3. Sim, mas a Carnival assume que a Costa a P&O….são suas subsidiárias, basta
    ver no seu site, a RCI, não.
    Isto está igual a matemática moderna: – com – dá mais +. Não vou enterder nunca.
    Eduardo

  4. Acho que quem acompanha o mercado de cruzeiros sabe que a Pullmantur é da Royal. Mas como são empresas diferentes, não acho que uma vai ficar falando da outra o tempo todo. Se você entrar no site da Cunard, por exemplo, não vai ver nada sobre a Carnival.

  5. O que não entendo é que seria vantagem para a RCI, que todos passageiros
    soubessem que estavam embarcando na Pullmantur, sendo esta, uma empresa
    do 2º maior grupo de cruzeiros do mundo.
    Tenho certeza que 90% dos passageiros da Pullmantur, não sabe.
    Eduardo

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