Porto de Santos: navio de cruzeiro atracado em cais comercial

Objetivo é unir esforços com as entidades ligadas ao segmento para desenvolver a atividade turística no País. Nos últimos anos o decréscimo no setor é significativo, motivado, em grande parte, pelos entraves causados pelo governo, como burocracia e altas taxas.

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Abremar) promoveu, na última quarta-feira (10), em Brasília, o Encontro Setorial de Cruzeiros Marítimos. O evento reuniu profissionais da área e representantes de entidades públicas e privadas para discutir questões trabalhistas do setor, no qual o Brasil aparece como o sétimo maior mercado do mundo, após ter atingido um pico como quinto mercado há alguns anos.

O foco da reunião foram as diferentes interpretações dos dispositivos legais que regulamentam as relações de trabalho no setor. A Abremar defende regras mais claras para a contratação de mão de obra local para trabalhar nos navios durante as temporadas de cruzeiros pela costa brasileira.

O debate acontece a poucos meses do início da temporada 2014/15. Em novembro, 10 navios devem chegar à costa brasileira e a oferta será de 648 mil leitos. Há algumas temporadas, o número de navios na região chegou a ser duas vezes maior que o de 14/15.

Para o secretário Executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves, o trabalho de articulação da pasta com outros ministérios tem como objetivo criar soluções para os entraves ao desenvolvimento da atividade turística no País. Alves disse ainda que o Documento Referencial 2015-2019, base para a formulação do Plano Nacional de Turismo, contempla propostas para a desburocratização, aperfeiçoamento do marco regulatório e desoneração da cadeia produtiva do turismo.

Área externa do terminal de cruzeiros do Rio de Janeiro. 

O grupo de trabalho já resultou em algumas conquistas para o segmento de turismo náutico, como a ampliação do prazo de renovação dos vistos de trabalho e a flexibilização do dispositivo que obriga a contratação de 25% de trabalhadores brasileiros para navios estrangeiros. “O encontro setorial nos permite discutir com o governo os entraves que impedem a recuperação e a expansão desta atividade que tem grande potencial no Brasil”, afirma o diretor de Relações Institucionais da Abremar, Flávio Peruzzi.

As demandas do setor de cruzeiros têm como fórum, além do Conselho Nacional de Turismo, o Grupo de Trabalho de Turismo Náutico, coordenado pela MTur desde 2008 e que conta com a presença dos demais órgãos públicos e privados ligados à atividade. Entre eles, associações de empregados e empregadores e órgãos como a Antaq, a Marinha, os ministérios do Planejamento, do Trabalho e Emprego, a Anvisa, a Polícia Federal, entre outros.

Participaram do encontro representantes dos ministérios do Turismo e do Trabalho e Emprego, do Conselho Nacional de Imigração, empresas filiadas à Abremar, entidades responsáveis pela fiscalização e especialistas em trabalho a bordo.

Texto (©) Copyright Ministério do Turismo (Adaptado).
Imagens (©) Copyright Daniel Capella. 

4 Comentários

  1. Verdade dura e pura! Basta ver o Brasil "do faz de conta" pintado todo dia no horário político da TV. Que os deuses nos protejam.

  2. Este texto foi publicado originalmente no site do Ministério do Turismo, ele omitia muitas das informações negativas sobre o mercado, salientando os picos de oferta de anos atrás em detrimento da queda vertiginosa em muito causada pelo próprio governo nos anos seguintes. Nós tentamos deixá-lo imparcial antes de publicar.

  3. Vejo, também, seguintes erros das Cias:
    a) Preço/ noite dos cruzeiros, já estão mais caros que os resorts.
    b) Os atuais roteiros já estão saturados. Não podem deixar o nordeste de fora,
    a Pullmantur têm navios do tamanho certo.
    c) A Costa e a Royal Caribbean não podem só embarcar de Santos.
    d) O incentivo para os passageiros brasileiros, fazerem cruzeiros fora da costa
    brasileira, está diminuindo nosso mercado.

    Eduardo

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