Em um cruzeiro de sete noites pelo Caribe, o Carnival Magic, da Carnival Cruise Lines, foi impedido de atracar em um dos seus portos de destino devido a suspeita de ebola a bordo. A passageira supostamente infectada pelo vírus trabalhou no laboratório do hospital que atendeu um infectado pelo vírus há cerca de um mês, no Texas. 

Após enfrentar problemas durante seu último cruzeiro, retornou à Galveston, nos EUA, o Carnival Magic, da Carnival Cruise Lines. Uma passageiro que teve possível contato com o vírus ebola fez com que o cruzeiro de uma semana recebesse atenção especial da mídia e sofresse alteração em seu roteiro.

Iniciada no Texas, a viagem de sete noites deixou de escalar a Ilha de Cozumel, no México, após as autoridades sanitárias do país não terem autorizado a atracação do navio, que é um dos maiores da frota. O motivo para a decisão foi a presença a bordo de uma pessoa que poderia ter tido contato com o vírus do ebola. A passageira em questão, trabalha no laboratório do hospital do Texas que recebeu um infectado com ebola há cerca de 20 dias.

Considerando que um possível contato dela com amostras do ebola pudessem ter contaminado-a, a passageira voluntariamente concordou em isolar-se com seu marido na cabine. O CDC – Center for Disease Control, agência americana especializada no controle de doenças, considerou que o risco real era muito baixo, levando em consideração que a passageiro não havia apresentado qualquer sintoma ou sinal que apontasse para o ebola. Além disso, no dia em que o navio foi impedido de atracar no México, o possível contato da passageira com o vírus havia ocorrido há 19 dias. O período de incubação do ebola é de 21 dias, ou seja, não há contaminação se o vírus não se manifestar neste período, ainda que o indivíduo tenha entrado em contato direto com o ebola. Na maior parte dos casos, a doença se manifesta nos primeiros 10 dias.

Em outro porto de escala, Belize, o navio pode atracar, entretanto, a passageira em questão e seu marido não foram autorizadas a ir em terra. Na volta à Galveston neste domingo, o navio atracou sem problema, e todos os passageiros foram liberados para desembarcar sem procedimento especial – incluindo a possível infectada. Antes, no sábado um exame de sangue havia confirmado que a passageira não estava infectada.

Diferentemente de gripes e outras doenças contagiosas, o ebola não é transmitido pelo ar ou comida, portanto, o CDC informou que ainda que houvesse contaminação, não era necessária desinfecção de todo o navio, como é padrão para outros vírus, como a gastroenterite. Ainda assim, a Carnival garantiu que “limpou profundamente” todos os ambientes da embarcação. Confira o comunicado oficial da companhia:

“No final da tarde de quarta-feira 15 outubro, fomos informados, pelo CDC dos EUA sobre um passageiro no cruzeiro desta semana do Carnival Magic, que é um supervisor de laboratório no Hospital Presbiteriano do Texas. Em nenhum momento o indivíduo exibiu quaisquer sintomas ou sinais de infecção e já se passaram 19 dias desde que ela esteve no laboratório com as amostras de teste. Ela é considerada pelo CDC com um risco muito baixo de possível contaminação. Neste momento, o hóspede permanece em isolamento a bordo do navio e não é considerado um risco para todos os outros passageiros ou a tripulação. É importante reiterar que o indivíduo não tem sintomas e foi isolado em uma extrema abundância de cautela. Estamos em estreito contato com o CDC e, neste momento, foi determinado que o curso de ação apropriado é simplesmente manter o hóspede no isolamento a bordo.


Nenhum dos navios da Carnival Cruise Lines visita a região onde os casos de Ebola são originários, nossos navios também não escalam em qualquer país com nível 3 de alerta de Saúde para Viagens do CDC. Qualquer passageiro ou tripulante que tenha visitado a Libéria, Serra Leoa ou Guiné no prazo de 21 dias da data de partida do cruzeiro terá seu embarque recusado. 


Além disso, todos os hóspedes que viajam conosco deve responder a uma série de perguntas de saúde durante o embarque e, se necessário, poderá ser submetido a exames médicos antes que possa receber autorização para embarcar. 


Todas as companhias de cruzeiro continuam a acompanhar de perto a situação, juntamente com os nossos colegas no resto da indústria de viagens. A indústria de cruzeiros está em contato próximo e frequente com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) para atualizações e orientação. “

Texto (©) Copyright Daniel Capella e Carnival. 
Imagens (©) Copyright Wikimedia Commons – Valery Gulyaev.

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