O Costa Diadema é o maior e mais novo navio da frota da Costa e até agora
navegou exclusivamente no Mediterrâneo

O Costa Diadema, maior e mais novo navio da frota da Costa Crociere, deve ser a grande novidade da companhia italiana na temporada brasileira 2019/2020. A revelação foi feita pelo o presidente da Costa na América do Sul, Renê Hermann, em entrevista exclusiva com o Portal WorldCruises.com, na qual o executivo revela mais da percepção que a Costa tem do atual momento do mercado brasileiro e sul-americano. 

Apesar dos problemas crônicos do mercado sul-americano, a Costa Crociere deve trazer seu maior e mais novo navio para a região na temporada 2019/2020. A previsão é do presidente da companhia para a América do Sul, Renê Hermann.

Em entrevista com o Portal WorldCruises.com a bordo do Costa Fascinosa, em fevereiro, o executivo descreveu como a companhia enxerga o atual momento do mercado de cruzeiros brasileiro. Além dos problemas “tradicionais” da região, como alto custo operacional e falta de infraestrutura adequada, outras questões se tornaram relevantes nos últimos anos.

Renê Hermann

“Nossos problemas recentemente não se resumem a altos custos e falta de infraestrutura, mas envolvem também o momento pelo qual os países passam”, conta Hermann se referindo à instabilidade politica e as crises econômicas da região. “Essa situação teve grande impacto nos negócios aqui”, acrescenta.

O valor decrescente das moedas locais também prejudicou a operação. “Se o câmbio estivesse favorável, nós estaríamos vendendo muito mais. O valor da moeda local influencia muito em nossa operação. Não só em relação ao lucro, mas também nos custos operacionais”, revelou o executivo.

Dessa forma, a companhia teve de apostar nos gastos do passageiro a bordo para compensar o valor mais baixo do ticket médio na América do Sul.

Retomada e Costa Diadema

Promenade externa do Costa Diadema, um dos diferenciais de seus
diferenciais. Para ver mais fotos dos interiores do navio, clique aqui.

Apesar de tudo, Renê acredita no futuro do Brasil e América do Sul como mercado de cruzeiros. Para ele, o pior momento já está ficando para trás enquanto a situação melhora para as companhias de cruzeiro. “A percepção do escritório central (a sede da Costa, na Itália), também está melhorando”, diz Hermann.

“Estamos começando a, novamente, olhar para a América do Sul como um local onde poderíamos investir. Sendo assim, no futuro, naturalmente, iremos trazer mais navios para o Brasil e Argentina”, acrescentou. Segundo ele, os novos navios entrando em operação a partir de 2019 são importantes para isso. “Com a frota crescendo, precisaremos de destinos para nossos navios, e essa região será sempre uma opção interessante”, diz ele.

Dessa forma, já na temporada 2019/2020 o novo Costa Diadema poderá também vir para a América do Sul, navegando entre o Brasil e a Argentina. Atualmente maior navio da frota, o Diadema foi inaugurado em 2014 e tem capacidade para quase 5,000 passageiros em ocupação máxima.

Segundo Renê, determinante para isso é a inauguração dos novos navios. Com estas novas embarcações – que terão 180 mil toneladas e capacidade para mais de 6,500 passageiros – assumindo os roteiros atuais, a vinda de mais embarcações, incluindo o Diadema, é provável.

“Podemos esperar o Diadema na América do Sul depois de 2019”, diz ele. “Claro, há muitas variáveis, muitas coisas que poderiam mudar nossos planos, mas nós ainda estamos interessados no Brasil e isso faz sentido (a temporada do Diadema). Nós estivemos aqui nos últimos 70 anos e queremos continuar nos próximos 70”, conclui o diretor.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Daniel Capella e divulgação (Renê Hermann).

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