O MSC Opera passará todo o ano de 2017 no Caribe, embarcando em Cuba

Após anunciar que irá dobrar a oferta de cruzeiros com partida de Cuba na temporada 2016/2017, a MSC divulgou novo aumento nos roteiros a partir da ilha caribenha. Junto a seus roteiros de 2017, a companhia italiana publicou roteiros a partir de Havana também durante a época verão local, época da alta temporada européia, entre abril e novembro.


A MSC Crociere terá embarques em Cuba durante todo o ano a partir de 2017. É o que indicam os roteiros da companhia para o ano em questão, publicados em seu site oficial neste dia 8.

Conforme anteriormente anunciado, dois navios da companhia italiana terão Havana como porto base para a temporada 2016/2017. O MSC Armonia e o MSC Opera realizarão roteiros de sete noites pelo Caribe (com escalas na Jamaica, México, Ilhas Cayman, a própria Cuba, entre outros), a partir do principal porto cubano. Enquanto o Armonia retorna à Europa em abril do próximo ano, o Opera não tem retorno previsto; em vez disso, seguirá realizando roteiros semelhantes pela região, sempre embarcando na ilha dos irmãos Castro.

MSC Divina, que em 2017 também passará
o ano inteiro no Caribe 

Com uma frota crescente, que em 2017 receberá dois gigantes, os protótipos MSC Meraviglia e MSC Seaside, a companhia parece querer desconcentrar sua oferta, especialmente na época de verão local. Atualmente, toda a frota da companhia opera na região européia nesta época. Em 2017, no entanto, MSC Seaside, MSC Divina, MSC Opera e MSC Lirica estarão distantes, navegando pela América e Ásia.

Atualização: Atualmente, a MSC comercializa apenas os roteiros do MSC Opera a partir de Havana que fazem parte das temporadas 2015/2016 e 2016/2017. A temporada 2015/2016 termina em abril deste ano, enquanto a 2016/2017 compreende roteiros entre novembro deste ano e abril de 2017. Os roteiros em datas posteriores, da temporada 2017, estão disponíveis, até o momento, apenas na Itália.

Cruzeiros em Cuba

Desde o embargo norte-americano à Cuba na década de 50, a passagem de navios de cruzeiro pela ilha tem sido incomum. Ainda que operem mundialmente com diversas marcas diferentes, a maior parte das companhias de cruzeiro tem sede ou capital norte-americano, o que automaticamente às impede de levar seus navios a qualquer porto cubano. Só a Carnival Corporation e a Royal Caribbean Cruises, os dois maiores conglomerados de cruzeiro, administram juntos 17 companhias de cruzeiro. Ambos possuem sede na Flórida, nos EUA. 
Crystal em Cuba: além de Havana, a Cuba Cruise escala Cienfuegos, Santiago
de Cuba e Maria La Gorda, e também Montego Bay, na Jamaica. 
As companhias europeias, no entanto, tem livre acesso aos portos. Assim, durante anos, a Pullmantur foi uma das companhias de cruzeiro a operar em Cuba, com seu pequeno Holiday Dream. Após ser comprada pela Royal Caribbean, em 2006, a companhia espanhola acabou impedida de escalar por lá, já que passou a ser uma subsidiária de uma empresa estadunidense. 
Recentemente, a Cuba Cruises, uma empresa baseada no Canadá, passou a explorar a Ilha Cubana como destino de cruzeiros, através do fretamento do atual Celestyal Crystal, da Louis Cruises. Escalando quatro portos em Cuba, e um na Jamaica, a companhia vende seus roteiros principalmente para canadenses e europeus, devido às dificuldades que o cidadão norte-americano enfrenta para entrar em Cuba graças ao embargo. A Louis, baseada no Chipre, recentemente assumiu o controle da empresa, após comprar mais de 50% de seu capital.

Com origem e administração italiana, e sede na Suíça, a MSC passa a ser a segunda companhia a operar regularmente em Cuba. Outras, como a inglesa Thomson Cruises e a alemã Phoenix Reisen, fazem escalas ocasionais na ilha, em trânsito.

Texto (©) Copyright Daniel Capella. 
Imagens (©) Copyright Daniel Capella e Cuba Cruise.

4 Comentários

  1. Sim, não estamos comparando. Mas perceba que a MSC sempre teve o Brasil como aposta, e volta e meia falou em dedicar um navio para nós durante o ano inteiro. Temporada após temporada, a permanência dos navios por aqui era maior, chegaram a fazer temporadas entre o começo de outubro e a metade de maio. O que talvez atrapalhasse uma investida de ano inteiro aqui, talvez fosse a frota limitada. Com a frota crescendo significantemente agora, tenha certeza que, se o Brasil oferecesse as condições que eles desejam, e não estivesse passando por uma fase ruim economicamente, seria um forte concorrente para Cuba nessa operação.

  2. Com crise ou sem crise o brasileiro compra os cruzeiros. Estou vendo gente, pedindo pelo amor de Deus, para arranjar cabines para mais 3 pessoas da família. Os navios estão lotados, basta ser criativo, e nisto a MSC é mestre.

  3. A MSC comemorando o embarque de 17.894 portugueses em 2015. No Brasil, embarcam mais de 200.000 em 5 meses e ainda reclamam que o país não é viável.

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