O novo MSC Seaview, segundo navio da classe Seaside, deve estrear no Brasil e América do Sul no fim de 2018, em tempo para a temporada nacional 2018/2019. É o que afirma a imprensa italiana, que revelou que a nova embarcação da MSC Crociere, com inauguração prevista para o começo de 2018, deve alternar temporadas no Mediterrâneo e na América do Sul.


Seis anos depois, o Brasil deve voltar a receber um navio da MSC Crociere recém-inaugurado, quando o MSC Seaview deixar o Mediterrâneo em direção à América do Sul no final de 2018. Segundo o italiano The Medi Telegraph, especializado em notícias sobre navegação, o Seaview passará sua primeira temporada de inverno boreal (a época do verão brasileiro) realizando roteiros pela América do Sul, pouco depois de estrear no Mediterrâneo em maio do mesmo ano.

A hipótese foi reforçada pelo norte-americano Cruise Industry News, e já havia sido levantada pelo Portal WorldCruises.com em julho.

O MSC Seaview é o segundo navio da classe Seaside, e atualmente encontra-se em construção no estaleiro italiano de Monfalcone, na região de Trieste. Com cerca de 155 mil toneladas e capacidade para mais de 5,000 passageiros, será um dos maiores navios da frota, perdendo apenas, em tamanho, para os navios da classe Meraviglia.

Em 2013, o MSC Preziosa protagonizou situação semelhante, ao estrear na América do Sul em novembro, depois de ser inaugurado em março daquele ano. Na ocasião, o navio ficou baseado no porto de Santos, realizando cruzeiros para Salvador, e alguns mini-cruzeiros. Além dele, também esteve no país o MSC Magnifica, realizando roteiros ao Prata (Argentina e Uruguai) a partir de Santos, o MSC Orchestra com roteiros variados a partir do Rio de Janeiro, e o MSC Poesia a partir de Buenos Aires.

Parque aquático do MSC Seaview

A vinda do Seaview não é oficial, já que os roteiros para a temporada 2018/2019 sequer foram publicados pela MSC. Assim, detalhes dos roteiros não estão disponíveis. O mais provável, no entanto, é que o navio venha a substituir o Preziosa nos roteiros ao Nordeste, e se some a outros três navios da classe Musica, totalizando a oferta na América do Sul.

Mesmo não oficial, a hipótese é forte, já que declarações da companhia sobre o navio, a corroboram.

Desde que encomendou a classe Seaside, a MSC tem afirmado que os navios foram projetados para regiões mais quentes, como o Caribe e a América do Sul, além de ter apelidado-os de “navios que seguem o sol”. Destino natural de novos navios da MSC na temporada de inverno, o Mediterrâneo não é um local quente na época. Durante evento a bordo do MSC Divina em 2014, Roberto Fusaro, diretor regional da companhia na região, ainda chegou a afirmar que as novas embarcações navegariam sim pelo Brasil após 2017, conforme publicado por nós.

A piscina na popa e sua promenade externa

Além disso tudo, a logística da distribuição da frota nos roteiros ao redor do mundo também é favorecida com a vinda do Seaview à América do Sul. Isso porque, com o Splendida na China a partir de 2018, a companhia passa a ter apenas três navios da classe Fantasia disponíveis para roteiros ocidentais durante a temporada 2018/2019. Recentemente, os navios da classe vem servindo três outros destinos, além da América do Sul. Destinos que poderiam continuar sendo atendidos pelos mesmos navios com o Seaview dedicado à temporada sul-americana.

Problemas em Veneza levaram Seaview ao Mediterrâneo Ocidental
O Medi Telegraph ainda afirma que o Seaview seria destinado inicialmente a roteiros de verão a partir de Veneza para as Ilhas Gregas e Mediterrâneo Oriental. A indefinição quanto ao problema que a cidade enfrenta com navios grandes, considerados um possível dano pano para suas construções históricas, inviabilizou a operação.

Preziosa deixa Veneza – a última vez que navios da classe
Fantasia escalaram a Serenissima foi em 2014.

Veneza chegou a proibir a entrada de navios com mais de 90,000 toneladas em seus canais. No ano passado, no entanto, voltou atrás e liberou novamente navios de todos os tamanhos, mas ainda assim não apresentou uma solução definitiva para a questão, que é discutida há vários anos. Para evitar maiores complicações, a MSC tem navegado na cidade apenas com os navios da classe Musica e Lirica, que não ultrapassam 89 mil toneladas.

Assim, o Seaview acabou destino a cruzeiros a partir de Gênova, navegando pelo Mediterrâneo Ocidental, em roteiro semelhante ao do MSC Meraviglia, que estréia no próximo ano. Para ver mais detalhes do roteiro, clique aqui.

O site italiano afirma, no entanto, que a MSC pode rever os planos caso uma solução seja encontrada em Veneza.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright MSC e Daniel Capella.

6 Comentários

  1. Sim anony, porque a MSC constrói navios "desse nível" pensando na "experiência do passageiro" e não na economia de escala de ter 6,000 passageiros a bordo

  2. E detalhe, um navio "desse nível" tem umas 160 mil toneladas e capacidade entre 5,500 passageiros e 6,000 passageiros. Já o Oasis, por exemplo, tem mais ou menos mesma capacidade de passageiros e 220,000 toneladas! Ou seja, só um Lirica a mais em espaço pro mesmo número de pessoas.

    Altíssimo nível. Valorizando os brasileiros essa MSC. Topssímo, de fato.

  3. Chamo isso do jeito cego de se ver. Enxergo o que quero, não analiso os fatos e ainda quero que os outros pensem igual a mim. Tipo o PT, e tal…

  4. MSC Seaview no Brasil é sensacional! MSC valorizando o mercado sul americano! Boa, MSC! Não ligo se vai haver 6000 ou 7000 passageiros no navio, contanto que venham navios grandes e modernos para cá. Adorei a notícia!

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