Desde o final de semana passado, duas companhias de cruzeiro voltaram a navegar com navios de grande porte. Na Europa, a TUI Cruises ativou o Mein Schiff 2, recebendo seus primeiros passageiros pós-pandemia no dia 24. Dois dias depois, na Ásia, o Explorer Dream partiu na primeira viagem.
Enquanto isso, na Noruega, a Hurtigruten enfrenta um surto de COVID-19 a bordo do Roald Amundsen. A embarcação de pequeno porte está navegando desde junho, em roteiros limitados aos portos noruegueses.
TUI Cruises
A alemã TUI Cruises embarcou 1,200 passageiros no seu mais novo e maior navio, o Mein Schiff 2. Partindo de Hamburgo, a embarcação realizou uma viagem de três noites batizada de ‘Blue Cruise’.
Sem portos de escala, o itinerário incluiu navegação cênica na costa da Noruega, além de retorno à Hamburgo. A bordo, os passageiros tiveram que seguir novas regras e protocolos de saúde e de segurança.
Apesar de ter capacidade para receber até 2,900 passageiros, a capacidade do navio foi limitada aos 1,200 passageiros, para evitar aglomeração e diminuir riscos. O navio deve seguir com a programação de ‘Blue Cruises’ pelas próximas semanas.
Nos próximos dias, a TUI ativará também o Mein Schiff 1, para viagens similares a partir de Kiel, também na Alemanha.
Dream Cruises
Já no dia 26, a Dream Cruises se tornou a primeira companhia de cruzeiros a voltar a navegar na Ásia. Com o Explorer Dream, a marca do grupo Genting embarcou passageiros para um itinerário especial em Taiwan.
Batizados de ‘Island Hopping’, os cruzeiros são exclusivos para moradores da ilha e contam com 2 ou 3 noites. Os itinerários partem de Keelung e tem escala em Peng Hu, Matse ou Kinmen, além de Hualien.
De acordo com a Dream, a programação é fruto de intensa pesquisa e preparação, que durou vários meses. A companhia diz ter estudado todos os aspectos de sua operação, procurando minimizar o risco de contaminação e garantir a saúde e segurança da tripulação e passageiros.
Antes de começar a operar, por exemplo, a Dream deixou seus tripulantes em um período de quarentena de 21 dias, de forma a garantir que nenhum estivesse contaminado.
Hurtigruten tem surto na Noruega
Na Noruega, os tripulantes do Roald Amundsen estão enfrentando o primeiro surto de COVID-19 do pós-pandemia. O navio da Hurtigruten registrou 33 casos positivos entre sua tripulação, que é composta por 158 pessoas.
Outras 120 também já realizaram exames e não estão contaminadas pelo novo coronavírus.
De acordo com a companhia norueguesa, nenhum dos tripulantes mostrou sintomas de COVID-19. Os quatro primeiros a terem a doença confirmada haviam sido isolados há vários dias, por conta de sintomas de outras infecções. Encaminhados para um hospital, os funcionários só tiveram o novo coronavírus detectado em um exame de rotina.
A companhia não informou se estes tripulantes foram encaminhados para o hospital por necessitar de atendimento médico avançado ou se trata-se apenas de uma forma de isolá-los.
O Roald Amundsen estava navegando desde a metade de Julho, apenas com passageiros locais. Partindo da Noruega, o navio realizou dois cruzeiros para o arquipélago de Svalbard, também na Noruega.
Antes, a companhia havia iniciado sua rota costeira regular em meados de Junho, transportando carga e passageiros entre diversos portos noruegueses.
No mesmo mês, a Hurtigruten havia ativado o Fridjoft Nansen, para itinerários entre a Alemanha e a Noruega.
Todos os navios tiveram sua capacidade reduzida em 50%, além de terem adotado novas regras de saúde e segurança. Em nota, a Hurtigruten afirmou estar trabalhando com as autoridades norueguesas para minimizar o impacto da contaminação.
Além de ter cancelado o próximo cruzeiro com o navio, a empresa também contatou os hóspedes das últimas duas viagens, orientando-os a realizar auto isolamento.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Mein Schiff e Dream Cruises