Costa Concordia em Santos em dezembro de 2009. |
Praticamente imóvel desde janeiro de 2012 quando bateu em rochas próximas ao lugar onde hoje descansa, o Costa Concordia poderá voltar a mostrar sua forma hoje. A segunda parte da operação de parbuckling, ou recuperação do navio que colocará o navio de volta em posição operacional depende das condições climáticas na Ilha de Giglio.
Os trabalhos para endireitar o navio de cruzeiro italiano Costa Concordia, que naufragou parcialmente há mais de um ano e meio frente à ilha toscana de Giglio (oeste de Itália), atingiram recentemente um de seus pontos críticos. Com 76% da operação já realizada, é hora de iniciar a endireitar o navio, e colocá-lo de volta em sua posição regular. Essa tarefa, a segunda fase da operação, que ainda terá mais uma terceira, começará nesta segunda-feira (16).
A informação foi divulgada na última quinta-feira, em Roma. Toda a operação de recuperação do navio, que se chocou contra uma rocha em 12 de Janeiro de 2013 está sendo realizada por um consórcio chamado Titan Micoperi, que foi contratado pela Costa Crociere para retirar o navio do local com o menor dano ambiental possível à Ilha de Giglio, que é uma reserva ambiental. A companhia italiana, parte do grupo Carnival, está arcando com todos os custos da remoção, que já consumiu cerca de 1 bilhão de euros.
Segundo as autoridades italianas, a empresa responsável foi autorizada a prosseguir com a operação, e o início do reendireitamento só será possível se as condições condições climáticas forem favoráveis. Após iniciada, a operação deverá durar entre 10 e 12 horas. Após o reendireitamento, o consórcio iniciará o processo de reflutuação do navio, que possibilitará rebocá-lo para um outro porto italiano. Para isso, contará com as dezenas de tanques instalados, ou que ainda serão instalados em ambas as laterais do navio.
“Nenhum de nós esconde o caráter crítico desta operação” disse o comissário Franco Gabrieli à imprensa italiana. “Era necessário realizar essa operação agora, já que sabemos que na próxima primavera o problema seria ainda maior”, acrescentou. ” É uma operação extraordinária, não porque não é mais feito um parbuckling, mas mais por nunca ter sido realizado um com um navio assim grande” disse um porta-voz da área técnica da Costa Crociere.
O Costa Concordia possui 114,000 toneladas, e 290 metros de comprimento por 35 de largura. O caráter crítico da operação se dá por conta do estado de conservação do navio, que não é inteiramente conhecido pela equipe que realiza o resgate, que deveria ter terminado já em janeiro deste ano. Com a corrosão avançando, principalmente na parte submersa da embarcação, não é possível prever como o navio se comportará quando submetido à operação de endireitamento.
Quando começou a naufragar na noite de 12 de janeiro de 2013 o Concordia tinha a bordo cerca de 4,230 pessoas, entre tripulantes e passageiros. Destas, 32 morreram durante o naufrágio, sendo que duas ainda não tiveram seus corpos encontrados, e provavelmente continuam dentro do navio, que era comandando pelo capitão italiano Francesco Schettino. Uma vez recuperado, o Costa Concordia será alvo de uma investigação por parte do governo italiano, e depois seguirá para um estaleiro ainda não definido onde será desmontado.
Para o acompanhamento da operação em tempo real um jornal da Ilha de Giglio disponibilizou uma nova webcam, que pode ser acessada neste link. Para acompanhar ao vivo em vídeo, clique aqui.
Atualização: A operação iniciou-se com três horas de atraso, após os engenheiros considerarem o cancelamento e adiamento da tarefa. Até o presente momento (13h), a operação é um sucesso e o navio já foi movido cerca de 10º.
Pra quem tinha duvidas ou queria ver o Costa Concórdia ser recuperado ai esta a resposta, o navio na parte que estava submersa simplesmente esta destruído. Realmente é uma pena. Sinto muita dó quando um navio já antigo é vendido pra sucata, esse da mais pena ainda.