MSC Musica em alto mar na noite anterior ao crime. |
O Ministério Público Federal denunciou o garçom Bruno Souza Bicalho pelo homicídio da ex-tripulante do MSC Musica Camilla Peixoto Bandeira, de 28 anos, encontrada morta no interior da cabine que dividia com o companheiro, no dia 10 de janeiro de 2010. Bruno teria assassinado a ex-namorada estrangulada.
Para o MPF, o acusado agiu de “forma consciente, livre e voluntária” e “matou, por motivo fútil, com emprego de asfixia e valendo-se de recurso que dificultou a defesa da vítima”. O crime ocorreu por volta das 9 horas. De acordo com a denúncia, Bruno teria cometido o crime por ciúmes da vítima e por receio de que ela terminasse o relacionamento entre os dois. De acordo com os autos, Camilla tinha decidido romper com Bruno e desembarcaria do navio no próximo porto de parada, o Porto de Santos.
Após a morte de Camilla, a MSC alterou o horário de saída de vários roteiros do MSC Musica, por motivos técnicos, e para que as visitas da polícia ao navio não atrasassem ainda mais seus já prejudicados horários. Clique aqui para ver. |
Ainda conforme a denúncia, de autoria do procurador da República Thiago Lacerda Nobre, após asfixiar a namorada, que acabara de acordar, Bruno voltou ao seu posto de trabalho, entregou alguns sucos a pedido de hóspedes e depois retornou à cabine que dividia com Camilla. Por volta das 9h42, ele telefonou para a recepção do navio para informar o ocorrido. A enfermeira, o capitão e o imediato do navio, então, se dirigiram para o local, mas encontraram Camilla morta.
Conforme os socorristas, a vítima estava “praticamente sentada e com o ombro direito contra a parede”. Bruno chegou a defender a tese de que Camilla havia cometido suicídio. Segundo o rapaz, ela teria se enforcado em um lençol. Ele informou ainda que teria retirado a tripulante da posição e realizado procedimentos de massagem cardíaca. No entanto, as testemunhas negaram ter visto qualquer lençol pendurado ou no chão ou na cabine.
Ainda conforme a denúncia, “a discrepância entre a versão apresentada por Bruno e a realidade posta das testemunhas já referidas mostra-se ainda mais evidente após a reconstituição dos fatos, demonstrando-se a incongruência dos argumentados apresentados pelo denunciado, especialmente em razão do cenário fático encontrado imediatamente após a morte de Camilla”. Além disso, “a prova técnica obtida no curso das investigações também indica para a consciente improbidade de ocorrência de enforcamento”.
Olá Daniel,
Eu estava a bordo nessa viagem,porém quando embarquei no dia 03/01 já fomos informados que a chegada do navio no dia 10 seria as 12h,e com o fato ocorrido apesar de chegarmos no horário só consegui desembarcar as 16:30h,então o fato da mudança de horários nada teve a ver com o crime.
Essa foto foi tirada mesmo na noite anterior?de qual navio?fiquei curioso pois então Eu estava a bordo.
Abraço,
Emerson Rocha
Então Emerson, na verdade já havia a necessidade de mudar a necessidade de mudar alguns horários por conta do itinerário mal planejado que o Musica fez a aquele ano, mas, acredita-se que o ocorrido potencializou essas mudanças, já que a polícia iria a bordo na maioria das escalas, para depoimentos, reconstituições e coisas do tipo, o que poderia comprometer ainda mais… Eu não tenho certeza se é de duas noites antes do crime ou da anterior. Eu estava no Splendour.