Rio de Janeiro – O terminal de cruzeiros do Rio de Janeiro espera receber 3 milhões de passageiros por temporada até 2016, ano em que serão realizados os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos na cidade. Para atingir a expectativa, será necessário quadruplicar a movimentação de passageiros, já que o terminal deve encerrar esta temporada (do verão 2010/2011) com 800 mil pessoas.

Para receber melhor o crescente fluxo de passageiros, a Píer Mauá, concessionária que administra o terminal, pretende fazer algumas modificações na estrutura do porto. Os dois prédios administrativos e os armazéns 1 a 3 não receberão mais passageiros e passarão a funcionar como restaurantes, shopping centers e áreas para eventos.

As operações para receber os navios de cruzeiro serão transferidas para os armazéns 4 a 6. Os armazéns 5 e 6, que ainda não estão sob responsabilidade da empresa, deverão ser repassados para as mãos da concessionária ainda neste ano.

Além disso, está prevista a construção de um novo cais, perpendicular ao cais do porto e em formato de Y, para receber até mais seis cruzeiros simultaneamente, além dos navios que continuarão podendo atracar no cais original.

Segundo o diretor de Operações da Píer Mauá, Américo Rocha, a ideia do novo cais “Y” é não só ampliar a capacidade do terminal, mas principalmente aumentar o conforto para os passageiros, já que reduzirá a distância do trajeto entre o local de atracação e a área de desembarque.

Além disso, não será mais necessário disputar espaço com os navios de carga que também atracam no porto. Hoje, quando há muitos cruzeiros para atracar no Rio, os navios param fora da área do terminal e, por isso, é preciso negociar espaço com as embarcações cargueiras.

O objetivo é tornar o Rio de Janeiro cada vez mais um local de partida de cruzeiros e não apenas um porto de parada. Ao usar o Rio como ponto de partida, o cruzeiro atrai turistas para se hospedar alguns dias na cidade e não apenas para passar o dia.

“Com isso, também esperamos reduzir custos. Você pode repassar essa redução ao armador [empresa que administra os navios]. Assim poderemos criar uma competição, por exemplo, com o Porto de Buenos Aires, que é o nosso principal concorrente para cruzeiros internacionais na América do Sul”, disse.

Mesmo com todas as transformações, Américo Rocha acredita que o terminal de cruzeiros passará a ter problemas com o estacionamento de carros e ônibus de turismo, depois do carnaval deste ano, já que o píer da Praça Mauá, onde os veículos estacionam atualmente, será fechado para a construção de um museu. “Estamos vendo com a prefeitura uma alternativa para os ônibus.”

Texto (©) Copyright Correio do Brasil.

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