Após um incêndio a aproximadamente 200 quilômetros da terra mais próxima, no Oceano Indico, o Costa Allegra está a deriva!

Allegra em Cyprus, em Novembro de 2010.

O incêndio aconteceu na manhã de hoje, enquanto o navio se dirigia às Ilhas Seychelles, após escala em Madagascar. O fogo teria se inciado na casa de máquinas do navio, e sido rapidamente extinto, porém, afetou os geradores do navio, que ficou sem energia, e está atualmente a deriva.

Os mais de mil passageiros e tripulantes a bordo, segundo a guarda costeira italiana, estão bem de saúde, e foram informados sobre o acontecimento. A guarda costeira ainda informou que está trabalhando para localizar outros navios na região que possam ajudar o Allegra e seus passageiros.

O navio Costa Allegra, da empresa Costa CruzeirosA Costa Crociere, já está trabalhando no sentido de localizar rebocadores na área para levar o navio para o porto mais próximo. Também foram solicitadas as autoridades locais navios de apoio, mas estes ainda devem demorar a chegar, devido a distância do navio para a costa.

O Costa Allegra é atualmente o menor e mais antigo navio da frota da Costa Crociere. A companhia esse ano já enfrentou outro grave incidente, com o Costa Concordia, navio que foi perdido após se chocar com rochas submersas no Mediterrâneo. Em 2010, um incêndio semelhante atingiu o Costa Romantica na costa do Uruguai, na ocasião, o navio também ficou a deriva, e seus passageiros tiveram que ser evacuados.

O Allegra já esteve no Brasil em diversas oportunidades, muitas vezes acompanhado pela seu gêmeo Costa Marina, que deixou a frota no ano passado. A Costa está tentando vendê-lo também, e segundo informes não oficiais, ele já estaria acertado com a companhia que levou o Marina ano passado, a Harmony Cruises.

A última vez que o Allegra esteve no Brasil foi a temporada 2003/2004, quando fez roteiros para o Prata acompanhado do Costa Tropicale, hoje Ocean Dream. Atualmente, ele realizava uma temporada pela Oceano Índico, roteiro que é exclusividade da Costa, e acontece anualmente, nos meses de Novembro/Dezembro a Fevereiro/Março.
Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Brian Crocker e Costa Crociere.

3 Comentários

  1. Capella
    Como entusiasta naval acompanho seu blog há algum tempo, e agradeço pelas informações que vc publica. Entretanto, gostaria de te dar uma dica: Selecione com cuidado as palavras que usa em seus artigos, para que a informação tenha a mesma dimensão do fato. Por gostar de navios há muito tempo percebi que as pessoas de um modo geral, inclusive as que viajam regularmente em cruzeiros, não sabem quase nada de navios propriamente dito(Vc já deve ter percebido isso tambem). Por isso, quando vc usa palavras como "anormal" ou "fatalidade" o fato pode parecer "pior" do que realmente é, e uma informção exagerada pode se espalhar entre as pessoas que não são do nosso meio. Por exemplo, no caso do Allegra houve um acidente, porém parece que não houveram vitimas. Fatalidade ou acidente "comum"? Pense nisso.
    Volto a afirmar que acompanho as valorosas informaçoes publicadas no seu blog e, como frequentador do Deck de Santos, ja ouvi outros elogios ao seu trabalho. Continue aprimorando!
    Abraço

  2. Anônimo, realmente, já foi corrigido.

    Ramon,
    Obrigado pelas palavras, fico feliz em saber que há quem aprecie meu trabalho. Nós que viajamos nos navios e conhecemos-os mesmo, sabemos que incidentes são mais comum do que parecem, e são, digamos, naturais. Mesmo esse caso tendo sido mais simples do que o do Concordia, por exemplo, como você lembrou, sem vítimas, eu optei por usar esse termo por conta das conseqüências do incêndio. Sabemos também, que um navio ficar sem energia por horas e horas, e a deriva é algo mais incomum, mais grave. Digamos, uma fatalidade. Mas estamos aqui para aprender, então a dica é válida.

    Abraço!

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