1. Navios passarão mais tempo nos portos e também mais tempo navegando.
Uma tendência que já vêm ocorrendo em algumas companhias Premium como a Azamara, a Silversea e a Crystal Cruises. Durante seu cruzeiro de volta ao mundo, de 2014, o Crystal Serenity visitará 32 portos em 19 diferentes países, e incluirá 17 pernoites em portos, dando a oportunidade aos passageiros de conhecer melhor o porto visitado. Fato bem semelhante acontecerá no cruzeiro de volta ao mundo do Silver Whisper que terá 9 pernoites em portos como o Tahiti, Cochin, Singapore e Cape Town. Devido ao maior tempo em cada porto, e a diminuição da velocidade entre cada porto, menos combustível será consumido, e cruzeiros rápidos, que passam por vários países, serão menos comuns. No final, menos portos serão explorados, mas haverá mais tempo neles.
Com o preço do combustível crescendo cada vez mais, as companhias tentarão fazer com que seus navios cubram rotas pequenas, em mais tempo, visando economizar dinheiro com combustível, e também o lucro de bordo. Com o navio em navegação, lojas, casinos, bares e cafeterias abrem suas portas, o que leva os passageiros a gastar mais dinheiro a bordo do que nos dias em que o navio está atracado. Isso significa que viagens tradicionais, de 7 noites, que costumam ter 5 ou 4 escalas passarão a ter 3 ou 4 no máximo, e mais dias de navegação entre os portos remanescentes.
2. A tendência de cruzeiros com vários portos de embarque continuará em alta.
A prática de embarcar em mais de um porto durante uma mesma viagem já é muito utilizada pelas companhias europeias como a MSC e a Costa, em roteiros no Brasil por exemplo, essa última costuma fazer embarques em Santos, Salvador e Rio de Janeiro em um mesmo cruzeiro de 7 noites. Porém, a idéia, é que a prática deverá se expandir para novos mercados, e para as companhias norte-americanas, que ainda não a utilizam.
A pioneira entre essas, é a Royal Caribbean que na próxima temporada realizará embarques com seu Liberty of the Seas em Marselha, Tolouse*** e Barcelona. A tendência porém, é que essa prática possa se expandir para o Caribe, principalmente com o embarque múltiplo em portos do sul da Flórida, o que permitiria mais facilidade em vender as viagens, e cobrir vários porto base sem necessariamente aumentar a oferta na região, em especial, em tempos de crise.
3. Grécia crescerá nos cruzeiros, e Cuba voltará a cena.
Uma possível saída da Grécia da zona do Euro poderá tornar os portos gregos ainda mais competitivos do que são atualmente, isso porque os gastos das companhias nesses portos tenderam a baixar com uma diferente moeda. A queda de restrições a navegação de cabotagem também é algo que ajuda o país, dando a chance de o país crescer novamente na indústria de cruzeiros, prova é o interesse da Royal Caribbean em oferecer ajudas na melhoria da infraestrutura do país.
Cuba, que devido ao embargo norte-americano ao país a mais de 50 anos, não pode receber navios de cruzeiro de companhias dos EUA, poderá voltar a ser escala de algumas companhias desse país. Sim, os Estados Unidos estão aos poucos extinguindo o embargo, e no momento, já estão disponíveis vôos comerciais desde os principais aeroportos americanos para o País de Fidel. Portanto, é provável que em alguns anos, roteiros no Caribe iniciados no sul da Flórida possam incluir escalas em Cuba.
4. Novos navios serão movidos a gás, e haverão mais navios e portos com shore-power.
Por conta do aumento das áreas de controle de emissão de gás, em especial na América do Norte, o preço dos combustíveis subirá substancialmente, principalmente a partir de 2015, ao passo de que os navios serão obrigados a queimar um combustível mais leve e mais caro para reduzir as emissões de gás. Navios movidos a Gás Natural praticamente não emitem gases nocivos, e se antecipando a tendência, a Viking Line já encomendou um ferry que atualmente está em construção no estaleiro STX Finland, e terá todos os seus sistemas movido pelo combustível. Como a história sempre se repete, é esperado que esse novo ferry, possa ser algo como os gêmeos Silja Symphony e Silja Serenade, que foram inspiração e primeiros a possuir a Promenade interna, que mais recentemente apareceu a bordo do Oasis of the Seas.
Uma tendência iniciada em 2001 com a Princess Cruises deverá se tornar mais comum nos próximos anos, a do shore power. A idéia consiste em “ligar o navio em uma tomada”, enquanto este estiver no porto, assim, toda a energia necessária a bordo viria de uma fonte teoricamente limpa, e renovável, sem a necessidade da queima de combustível no navio. Vários portos da Costa Oeste dos EUA já possuem o serviço, e esse deverá se estender a alguns portos da Costa Leste também, começando pelo porto de Nova York que anunciou um investimento de 15 milhões de dólares nos equipamentos necessários. O principal empecilho nesse caso, é que os navios não foram construídos para funcionar assim, e cada um deles precisa passar por adaptações para poder se beneficiar do serviço. Alguns navios da Princess, e o Queen Mary 2 já foram adaptados, e a tendência é que mais sigam o mesmo caminho, enquanto portos da Europa também deverão se equipar com o shore power.
5. Haverão menos fly-cruises e mais navios de médio porte serão construídos.
Após os atentados de 11 de Setembro, os aeroportos mundias mudaram muito, se adaptando a novas e rígidas medidas de segurança que se tornam até mesmo cada vez mais desagradáveis. Muitas vezes, por isso, as pessoas tem evitado viajar de avião, e preferido destinos mais próximos, que sejam acessíveis de carro ou trem. Essa tendência se reflete nos cruzeiros também: com cada vez mais portos para cruzeiros sendo construídos, se tornarão menos comuns os fly-cruises, muito difundidos na Europa e Estados Unidos, e os passageiros em geral poderão buscar cruzeiros com embarque em cidades próximas a suas cidades de origem, sem a necessidade de locomoção aérea.
A encomenda de dois navios de médio porte pela Viking River Cruises no mês passado deve ser seguida por outras da mesma natureza. As próximas na fila poderão ser a Regent Seven Seas, que vêm estudando um novo navio há alguns anos, ou mesmo a Crystal Cruises, enquanto a Hapag-Lloyd já constrói seu Europa 2, e rumores sobre a SAGA e a Fred.Olsen crescem no Reino Unido. O fato é que para as companhias e para os passageiros os cruzeiros com tudo incluído, nesses navios médios e luxuosos vêm sendo interessante e dando lucro as companhias, que agora pretendem expandir seus negócios.
Bom dia Daniel.Gostaria de uma informação, tem alguma cia de cruzeiros que sai de Santos para fazer roteiros rumo ao Chile?Nòs gostariamos de fazer um cruzeiro desses,tenho amigas que também querem.No esquema igual rumo à Argentina e Uruguai e volta para Santos.Seria bem legal.Abraços Eliana Frandsen.
Oi Eliana. Olha, saindo de Santos não existe mais. Durante anos a Costa e a CVC organizavam um cruzeiro por temporada, de mais de 10 noites a terra do fogo, que chegavam a fazer escala no Chile em algumas ocasiões. Hoje não mais. A Royal, com o Splendour e o Radiance também fez algumas vezes, mas viagens só de ida ou só de volta para Valparaíso, no Chile. Agora, se você quiser, do Rio de Janeiro continuam existindo vários cruzeiros assim, com a Holland America, Princess, Oceania e etc. Mas também, viagens só de ida ou volta.
Abraço.
Obrigado por me atender,por este motivo que gosto de voces,estão sempre nos dando um parecer quando precisamos.Eliana Frandsen.