Os três navios da companhia portuguesa CIC que haviam sido arrestados há algumas semanas, continuam imóveis, em Marselha, na França (Princess Danae e Athena), e em Kotor, Montenegro (Arion). Apesar de os tripulantes ainda a bordo dos navios descreverem uma situação “bastante complicada”, uma solução começa a aparecer, ao menos para os navios em água francesa: numa nota, a World Cruises Agency, agente marítima dos navios, além de criticar o Governo Português por sua inercia no caso (os navios são registrados neste país, e a maioria de seus tripulantes também são lusos), afirma que as autoridades portuárias franceses estariam dispostas a pagar e repatriar os 592 tripulantes das embarcações, tendo, seu dinheiro de volta posteriormente, com o leilão judicial dos navios. Esta informação, se por um lado resolve a situação, por outro é preocupante, uma vez que, com a idade e características, os navios da CIC só seriam interessantes, em um possível leilão, à sucateiros asiáticos.

 

Enquanto isso, nos chega a informação de que o único outro navio da companhia que continua a operar, o Princess Daphne pode também ter sido impedido de seguir viagem já há alguns dias por débitos financeiros. O Daphne está afretado a operadora alemã Ambiente Kreuzfahrten e rumores indicam que já há dois dias encontra-se imóvel na Ilha de Creta, em situação parecida com a dos outros três navios da frota. A CIC justifica seus problemas financeiros com um abrupto corte no financiamento de suas operações, que era fornecido pelo banco português Montépio Geral, ainda assim, a companhia afirma que já entrou em um acordo com o banco. E acrescenta que o Montépio “tarda em executá-lo” e que lida com “incessantes insistências” por parte do banco. Além dos quatro navios em condições para operar, a CIC é proprietária do Funchal, que por ter mais de 50 anos, há mais de um ano se encontra em reforma em Lisboa, para poder voltar a operar, seguindo as novas regras internacionais de segurança na navegação. Há algum tempo a intervenção está paralisada.

 

Fragata Libertad em situação semelhante na África
A fragata Argentina Libertad, que assim como o Cisne Branco na Marinha Brasileira, é um navio simbolo da frota e do país, e viaja o mundo para, entre outros objetivos, treinar sua tripulação. Os mais importantes jornais do país informaram que a embarcação foi arrestada por não ter honrado suas dívidas. O governo de Ghana, através de sua corte superior, decretou que o navio não deve abandonar o porto de Tema, na cidade de Accra, onde se encontra atracado. O governo Argentino por sua vez, poderá hoje, pagar uma fiança para liberar o navio, em uma audiência que será realizada hoje em Ghana.
 
Texto (©) Copyright Daniel Capella, com informações de Noticias de Cruceros e Madeira Travel News.
Imagens (©) Copyright Sergio Ferreira, CIC e Sitiosdeargentina.com.ar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *