A Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) baixou Resolução dando prioridade às atracações dos navios de passageiros no período de 9 de novembro deste ano a 23 de abril de 2012, nos seguintes trechos de cais:
- armazéns 13/14 – armazém 15: cais disponível com 327 metros;
- armazéns 20/21 – armazém 15 – armazém 23: cais disponível com 331 metros;
- armazém frigorífico – armazém 25: cais disponível com 315 metros;
- armazéns 29/30 – armazém 30 – armazém 31 – armazém 31/32 – armazém 32 – armazém 33 – armazém 33/34: cais disponível com 920 metros;
São quase 1,9 mil metros de cais, nas imediações do terminal de passageiros, que estarão disponíveis para os navios de cruzeiros marítimos. As atracações serão programadas, de forma a não prejudicar as operações nos berços de atracação fronteiros às áreas arrendadas. O armador deverá notificar a CODESP sobre a quantidade de passageiros a embarcar, desembarcar e em trânsito; relação dos fornecedores do material que será consumido a bordo e qual será a empresa responsável pela retirada do lixo. Devem ser informados, também, os equipamentos a serem utilizados em eventos a bordo e como será feito o embarque daquelas peças.
A Resolução também prevê os locais para estacionamento dos veículos que prestarão serviço aos navios. A norma da empresa visa propiciar um atendimento aos passageiros durante os embarques e desembarques na temporada de cruzeiros e minimizar o fluxo de ônibus nas avenidas próximas ao terminal.
Limite
Segundo o Jornal A Tribuna, a CODESP também teve definições em relação ao limite de navios de cruzeiro que pode atracar simultaneamente. Imposto pela própria estatal há algumas temporadas, há um limite de atracação para navios de cruzeiro; só são permitidos seis por dia. Na última temporada, porém, um dia já havia contado com sete navios simultaneamente, e para a próxima temporada, que começará nesta sexta, duas datas estão previstas com mais embarcações que o limite; 9 e 16 de Fevereiro, com oito e sete embarcações, respectivamente.
Contudo, ao contrário do ocorrido na última temporada, a CODESP não liberará a entrada dos navios, e exigirá que somente seis navios estejam atracados simultaneamente, mas permitindo que um um sétimo ou oitavo navio atraquem naquele mesmo dia, desde que se mantendo o máximo de seis; ou seja, para um entrar, outro deverá sair. A medida, se mantida, com certeza acarretará em problemas para as operações de embarque e desembarque de passageiros, que acontecem entre aproximadamente 12 e 16 horas.
A solução poderia acarretar embarques e desembarques noturnos, porém, causaria transtorno aos passageiros que já adquiriram as viagens, e que já podem até mesmo ter planejado traslados, e outro tipo de hospedagem ou mesmo viagem antes ou após o inicio do cruzeiro. Procurada por A Tribuna, a ABREMAR, Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, disse ainda não ter sido informada da decisão, e acrescentou que “não atua, até o presente momento, de maneira formal no procedimento de confirmação de atracações no Brasil. Essa atribuição está sendo discutida com os integrantes desse sistema mas, a despeito de ainda não ter essa atribuição, a Associação está buscando contribuir para o processo de atracações e, sem prejuízo dos passageiros que viajam durante a temporada, apresentou uma sugestão de escalas que está sendo analisada e discutida. Portanto, ainda preliminar”.
O controle das escalas é uma preocupação das autoridades para não prejudicar as operações de carga do porto, e evitar transtornos aos passageiros, já que a infraestrutura do porto de passageiros é limitada, ainda que o Terminal de Passageiros de Santos, administrada pela Concais, tenha capacidade para 42 mil passageiros por dia. O principal problema está no acesso ao Terminal, e no deslocamento dos passageiros às embarcações, que muitas vezes não estão tão próximas ao terminal, após o embarque ou desembarque.
Texto: (©) Copyright CODESP e Daniel Capella, com informações de A Tribuna (segunda parte).
Imagens (©) Copyright CODESP, e Daniel Capella.
Alo,
Seis navios atracados deve tornar aquilo um inferno. Se der azar de serem os maiores, pior ainda. Quero ver qual vai ser a solução para os dois dias com mais de seis. Acho que alguém vai ter que mudar a data.
Mas inferno ainda será conseguir mudar toda a programação dos passageiros, do terminal e do navio para permitir embarques noturnos. Não faz muito sentido, apesar de a intenção da CODESP ser boa.