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| Visto em Invergordon, Escócia, em seu segundo porto de escala pela nova companhia |
A retomada da carreira do decano Funchal recém re-inaugurado por sua nova companhia, a Portuscale Cruises foi um capítulo a parte na longeva história do navio português que se inicia ainda na era dos transatlânticos de linha, em 1961. Depois de sucessivos atrasos e uma apreensão relacionada a segurança de seus passageiros em Gotemburgo, na Suécia, o simbólico navio português retomou suas operações com um cruzeiro com destino ao norte do Reino Unido.
No segundo dia do mês de setembro de 2013, o Funchal finalmente conseguiu partir em um cruzeiro sob as cores de sua nova companhia, a Portuscale Cruises. O cruzeiro de sete noites, comercializado por uma operadora de turismo sueca e com destino à portos escoceses partiu como inicialmente previsto no dia 2, e retornou sem maiores problemas ao porto-base do navio nesta operação, que deveria ter sido iniciada ainda em agosto, hoje, dia 9 de setembro.
Apenas uma pequena alteração no roteiro se fez necessária, a escala em Leith, que ocorreria no dia 7 foi cancelada por motivos operacionais; as condições climáticas desfavoráveis tornavam o atraque no porto da cidade arriscado, e assim a tripulação optou por navegar diretamente para Gotemburgo, após uma tentativa de aproximação ainda de madrugada. Além de Leith, o navio realizou escalas em Invergondon, onde é visto nas fotos desta matéria, e em Kirkwall e Aberdeen, todas na Escócia.
Apesar de ter partido somente no dia 2 de setembro, o Funchal esteve em Gotemburgo desde o final de agosto, e poderia ter feito seu cruzeiro inaugural já em 28 de agosto, quando um roteiro aos fiordes noruegueses estava previsto, o que não ocorreu por problemas na inspeção de segurança realizada pelas autoridades suecas a bordo antes da partida do navio. As autoridades detectaram mal funcionamento em alguns dos sistemas de segurança do navio, que incluíam falhas no sistema elétrico entre a ponte de comando e compartimentos estanque e parte do sistema de combate a incêndios, como revelou mais tarde o CEO e presidente da companhia Rui Alegre em uma declaração à imprensa.
Essa era a segunda viagem do navio com base em Gotemburgo inicialmente prevista, antes, outra, com destino ao Cabo Norte já havia sido cancelada devido aos atrasos na reconstrução do navio em Lisboa, que durou mais que o esperado. As questões relacionadas a segurança foram entretanto resolvidas nos dias em que o navio ficou atracado na Suécia, já que o navio foi liberado para navegação no dia 2. Do total de sete cruzeiros inicialmente previstos para a temporada inaugural, até o momento, apenas um foi realizado, e outros quatro foram cancelados por motivos diversos.
Hoje, o navio partiu da Suécia com destino a Tilbury, na Inglaterra, primeiro porto de escala do cruzeiro posicional Gotemburgo – Lisboa, que terminará na capital portuguesa em 20 de setembro. Neste dia, o navio tem mais um cruzeiro previsto, com 9 noites, o roteiro com destino aos Açores, roudtrip desde Lisboa, será o primeiro realizado pela Portuscale no mercado português. Após esta viagem, o navio será fretado e realizará um cruzeiro pelo Mediterrâneo com passageiros franceses, comercializado exclusivamente neste mercado. A última viagem prevista para o Funchal por enquanto é outro posicional, desta vez desde Mônaco, mas também com destino a Lisboa, que iniciará-se em 22 de outubro.
O restante dos roteiros do navio, e também do restante da frota para o final deste ano e 2014 será anunciado até o final deste mês, segundo apuramos em contato com a companhia. As viagens já estão definidas, e já se sabe que o Lisboa, ex-Princess Danae, que terá sua revitalização concluída até o final desse ano, deverá operar no mercado francês, enquanto o Funchal realizará um cruzeiro a própria cidade do Funchal durante o Reveillon, onde assistirá a queima de fogos que dará as boas vindas a 2014. 
A Portuscale foi formada no início desse ano, e é a única companhia portuguesa de cruzeiros da atualidade, fundada por Rui Alegre, empresário deste país. Toda sua frota operou para a Classic Internacional Cruises até meados de 2012 quando esta companhia veio a bancarrota e foi adquirida em fevereiro deste ano, em estado de conservação questionável. Assim, todos os navios passaram ou ainda passarão por revitalizações antes de começar a operar pela empresa, que tem como slogan a frase “As descobertas continuam”.
Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Richard Clack.
Daniel ouvi dizer que a P&O terá dois cruzeiros de volta ao Mundo em 2015, ta sabendo ? Vai postar algo a respeito ? Sabe se passará pelo Brasil ? Obrigado!