Em comunicado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou que está monitorando dois navios de cruzeiro que registraram casos de COVID-19 nos últimos dias, o MSC Splendida e o Costa Diadema.
De acordo com o órgão, as embarcações permanecem sob supervisão sanitária diante do aumento dos números de casos de Covid-19 a bordo e a partir da categorização dos navios quanto ao risco sanitário.
Com isso, a Agência adotará as medidas previstas nas normas vigentes, que podem incluir a necessidade de quarentena ou mesmo de suspensão das atividades.
MSC Splendida
Nesta quarta-feira (29/12), o MSC Splendida retornou ao Porto de Santos após relatar a ocorrência de novos testes positivos de Covid-19 a bordo.
Com o aumento do número de casos observado entre os tripulantes, foi realizada nesta terça-feira (28/12) uma fiscalização da embarcação pela Anvisa, pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e outros órgãos sanitários locais.
De acordo com a recomendação constante do relatório investigativo de surto na embarcação, emitido ainda no dia 28/12, a empresa foi notificada para que fosse realizada a testagem de 100% da tripulação.
Ao todo, foram identificados 51 tripulantes com teste positivo para Covid-19. Além dos tripulantes, testaram positivo 27 passageiros. Foram identificados, ainda, 54 contactantes, ou seja, pessoas que tiveram contato com casos positivados de Covid-19.
Todas as 132 pessoas, casos positivos e contactantes, estão sendo desembarcadas de acordo com as regras dispostas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 574/2021 da Anvisa e com o plano de operacionalização elaborado pelo município de Santos e pelo estado de São Paulo, que prevê o transporte dos viajantes em veículos específicos.
Após o desembarque, o monitoramento de todos os viajantes deve ser realizado pelos Centros de Informações Estratégicas em Saúde (Cievs) das localidades de destino.
Até o momento, não estão autorizados novos desembarques ou embarques e o navio deve permanecer atracado em Santos até a finalização da análise dos dados epidemiológicos pelas autoridades de saúde. A embarcação leva cerca de 4 mil pessoas a bordo.
Costa Diadema
A Anvisa, em conjunto com técnicos da Secretaria de Saúde do município de Salvador e do estado da Bahia, também investiga surto de Covid-19 a bordo do Costa Diadema.
Após partir de Santos no último dia 27, o navio está atracado nesta quinta-feira (30/12) no Porto de Salvador. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 68 casos de Covid-19, sendo 56 entre tripulantes e 12 entre passageiros.
Por conta disso, a Anvisa não autorizou a operação da embarcação em Salvador, estando proibido o embarque e o desembarque de viajantes até que seja finalizada a investigação em andamento.
No momento, encontram-se embarcados 1.320 tripulantes e 2.516 passageiros, totalizando 3.836 viajantes.
Os casos de Covid-19 em ambas as embarcações foram detectados após a realização do protocolo de testagem estabelecido pela RDC 574/2021 da Anvisa.
Próximos Passos
As embarcações permanecem atracadas nos respectivos portos, sob supervisão sanitária da Agência.
Mesmo com o desembarque dos viajantes que testaram positivo e de seus contactantes, diante do aumento dos números de casos de Covid-19 a bordo e a partir da categorização dos navios quanto ao risco sanitário, a Anvisa adotará as medidas previstas nos atos normativos vigentes.
Texto (©) Copyright Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Imagens (©) Copyright Daniel Capella
Casos de covid19 no navio nada mais é do que a representação da realidade brasileira. É de se esperar que em todos os lugares haja casos, pois o pais todo está assim. Não se pode é demonizar os navios ou viagens desse tipo em razão da situação atual que acontece no pais todo. Daqui há pouco vão querer proibir viagens de navio, mas nao as de avião, ônibus. E as festas particulares que estão acontecendo em todos os lugares? Com todo mundo sem máscaras?
O que importa é que as pessoas testadas positivas seja desembarcadas. O ideal é que se estabeleça um método de se testar TODOS a bordo a cada 3 dias por exemplo. Isso se chama minimizar riscos e conter danos. Essa é minha opinião.