
Atualizado em 30/12
O MSC Splendida está retornando a Santos na noite desta quarta-feira (29/12). De acordo com a Praticagem de Santos, o navio da MSC Cruzeiros solicitou entrada e deve atracar no cais do Armazém 33.
A manobra foi conformada por volta da meia noite e deve começar à 1h de quinta-feira.
Por meio do sistema AIS, o próprio MSC Splendida também informa estar retornando a Santos. Atualmente navegando em direção ao porto paulista a cerca de 20 nós, o navio comunica, no entanto, que deve chegar por volta das 3h30.
A escala não programada ocorre em meio ao cruzeiro de Réveillon, que partiu do próprio Porto de Santos no último dia 26. De acordo o cronograma original da viagem de sete noites, o navio deveria seguir navegando na noite dessa quarta-feira.
Para quinta-feira (30/12), estava prevista escala em Cabo Frio. Já na sexta-feira, dia 31, o navio visitaria Ilhabela antes de retornar a Santos no dia 2 de Janeiro.
O itinerário, no entanto, já havia sido alterado para a inclusão de parada no Rio de Janeiro na noite do dia 31. Assim, o navio havia invertido a ordem das escalas em questão, seguindo para Ilhabela no dia 30 e Cabo Frio no dia seguinte.
Após partir do balneário fluminense, estava agora previsto fundeio em frente à praia de Copacabana, para que os passageiros assistissem a queima de fogos.
Impedimento em Balneário Camboriú e casos de COVID-19 a bordo
Antes, o MSC Splendida também havia realizado escalas em duas cidades catarinenses: Porto Belo, no dia 27, e Balneário Camboriú, no dia 28.
Nesta última, no entanto, não recebeu autorização para que seus passageiros pudessem desembarcar. A informação é de Dagmara Spautz, colunista do NSC Total.
Em publicação online, Dagmara informa que os passageiros foram impedidos de desembarcar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que ao menos 14 pessoas a bordo teriam testado positivo, entre tripulantes e passageiros.
De acordo com o G1, o MSC Splendida registrou 20 casos de COVID-19 entre seus passageiros e tripulantes no cruzeiro anterior ao atual. No total, diz o site, 15 passageiros e cinco tripulantes testaram positivo para a doença na viagem que partiu de Santos no dia 19.
Citando a MSC, o G1 diz ainda que os 20 casos estavam isolados em uma área dedicada do navio “longe de todas as operações de hóspedes e em cabines com varanda”.
Também informa que “todos que estavam isolados, hóspedes e tripulação, desembarcaram do navio como parte do protocolo para quarentena em terra” assim que o navio chegou a Santos no dia 26.
Os casos eram assintomáticos e estavam com o ciclo de vacinação completa, acrescenta o G1.
Atualização
Na tarde desta quinta-feira (30/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária confirmou casos de COVID-19 a bordo do MSC Splendida. De acordo com o órgão, 78 pessoas a bordo testaram positivo, entre tripulantes e passageiros.
Ainda segundo a Anvisa, o navio retornou a Santos para desembarcar os positivados e seus contactantes e passa por avaliação epidemiológica antes de ter seu destino definido.
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Sim, voltou para desembarcar passageiros com covid19. Segundo um passageiro parente meu que se encontra a bordo, o navio está ‘lotado’ de casos.
A parada de Ilhabela foi cancelada já (anunciaram nos auto-falantes para todos os passageiros).
Hoje o navio vai para Cabo Frio e amanhã assistirá à queima de fogos em Copacabana (parada incluída no roteiro).
De que adiantam protocolos rígidos, testagem, exigência de vacinação, etc, se as pessoas descem nas paradas e tem contato com as pessoas do local que podem sem saber serem portadoras do virus, podem não estar devidamente vacinados, ou apesar de vacinados serem vetores do Covid-19 (restaurantes, compra de artesanato, praia, vendedores de praia, etc). Eles não são testados ou apresentam certificado de vacinação para vender artesanato ou servir um almoço aos cruzeiristas. Estes embarcam, vacinados e testados, pensam que isso elimina todas as possibilidades, mas é nas paradas que os descuidos e as falhas nos controles acontecem, nelas é que são contaminados, ou tornam-se vetores de transmissão, e sem saber trazem o virus a bordo, contaminando outros passageiros e a tripulação com a qual interagem durante o cruzeiro. Com certeza não são os tripulantes, que são testados, vacinados, fizeram quarentena para poderem embarcar e trabalhar, e também, nessa época de pandemia, são impedidos de desembarcar nas paradas. Na Europa, quando os cruzeiros retomaram, as descidas nas paradas eram permitidas apenas em excursões controladas pelas cias de cruzeiros. Essas bolhas de segurança, onde não eram permitidas interações com pessoas externas, garantiam que o virus não fosse trazido a bordo, sob pena de, qualquer desrespeito às regras impedir o reembarque do faltoso para sequência do cruzeiro. Isso funciona até hoje, e deu certo. Poucos casos ocorreram. Aqui isso seria inaplicável. Imagine você comprar um cruzeiro para o Nordeste e ser impedido de ir ao Pelourinho ou Mercado Modelo para fazer compras, ou ainda impedido de ir a praia em Maceió. Inimaginável, além do fato que a municipalidade e os habitantes dessas paradas contam com os recursos e impostos provenientes do movimento de compras e serviços prestados nas paradas. A temporada apenas começou e há necessidade das cias de cruzeiros de repensarem os cuidados nas paradas. E a nós cruzeiristas, onde me incluo, cabe ficarmos mais atentos e cuidadosos para nossa proteção e das demais pessoas que estão a bordo. Se casos como esses ocorridos continuarem a se repetir poderemos ter um cancelamento da temporada impactando todos, cruzeirista, cias de cruzeiros e localidades de paradas que contam com esse recursos depois de tanto tempo de dificuldades.