Com o auxílio da CLIA Brasil, os navios de cruzeiro podem retornar a Fernando de Noronha em breve. 

Escala regular de navios de pequeno e médio porte por quase 25 anos, o arquipélago pernambucano saiu do itinerário dos cruzeiros em 2014. 

Na ocasião, dificuldades regulatórios aliadas a limitações operacionais contribuíram para o fim das visitas regulares ao destino – que é um Parque Nacional e um Patrimônia Mundial da UNESCO. 

“Hoje, o Ibama tem que licenciar os navios de cruzeiro. Eles fizeram um ofício para nós e estamos contratando uma empresa para responder todas as questões técnicas que eles fizeram”, explicou Marco Ferraz, presidente executivo da CLIA Brasil, em entrevista exclusiva com o Portal WorldCruises.com.

Com a licença do Ibama expedida, o navio precisa também de autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco e da administração da ilha de Fernando de Noronha.  

“Passando todas essas etapas, nós imaginamos que daria para operar lá. Com todo o manejo da ilha, que é um manejo diferente, sempre sendo cumprido”, explicou Ferraz. 

Os prazos para uma eventual volta dos navios à Fernando de Noronha, no entanto, não estão definidos. 

“O primeiro passo acho que resolvemos agora, nesse ano, com a resposta ao ofício do Ibama para o primeiro licenciamento”, acrescentou. 

Foco em navios de expedição e de luxo

Le Lapérouse
Uma das companhias que solicitou escalas em Noronha, a Ponant opera embarcações de expedição de pequeno porte como o Le Lapérouse

A operação em Fernando de Noronha, no entanto, ficaria restrita a navios menores como os de luxo e de expedição. 

“Hoje o manejo é só de 350 passageiros por dia. Se tiver mais passageiro a bordo, eles não poderão descer”, explicou Ferraz. 

Ainda de acordo com o presidente da CLIA, os pedidos para operar na ilha tem vindo de navios de alto padrão, como os operados pela Silversea Cruises e pela Ponant. 

Fernando de Noronha não recebe cruzeiros regularmente desde 2012, quando a CVC e a Pullmantur deixaram de operar no destino.

Em 2013/2014, a brasileira BCR tentou retomar as viagens para a ilha, mas esbarrou em problemas operacionais e acabou cancelando a maior parte dos itinerários previstos para a temporada. 

Nos anos seguintes, Noronha chegou a receber visitas pontuais de navios de longo-curso que, no geral, não receberam autorização para realizar desembarque de seus hóspedes.

Assim, permaneceram ao largo da ilha, levando os hóspedes para passeios de barco na região.

Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Diogo Kyrillos e Ponant

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