O ano era 2005, o mercado não poderia parecer mais favorável a uma CVC que já operava navios sazonalmente no Brasil há algumas temporadas. Se valendo de seu espirito pioneiro a CVC decidiu inovar: entrou em acordo com a Pullmantur, para manter o Pacific durante todo o ano no país.
Entre Julho e Outubro o navio ficaria no Nordeste, com embarques em Fortaleza e Recife, com cruzeiros que sempre faziam escalas com overnight em Fernando de Noronha. No começo de Outubro um posicional Recife – Belém, com escala em São Luís do Maranhão, marcaria o reposicionamento do navio no Amazonas, para alguns cruzeiros no Amazonas dedicados ao mercado brasileiro, um tipo de roteiro que ainda existia no começo dos anos 2000, mas já estava então em extinção.
Os roteiros Belém – Manaus, e vice-versa, faziam escalas em Parintins, Estreito de Breves e Santarém, com em média, uma semana de duração. Após sua primeira temporada em Fernando de Noronha, a 2004/2005, o navio retornou a América do Sul em 1º de Julho daquele ano para uma temporada muito mais longa que o habitual. A princípio, os roteiros estavam previstos até 3 de Dezembro, entre a Amazônia e o Nordeste.
No começo de Novembro, o navio estaria de volta ao Nordeste, para voltar a seus embarques em Recife e Fortaleza para roteiros com escala em Noronha, Maceió e Natal. Permanecendo, pelo menos até dezembro de acordo com os roteiros anunciados, mas provavelmente estendendo a temporada nordestina até meados de março.
A iniciativa de manter um navio durante todo o ano no Brasil, acabou, no entanto, se mostrando um fracasso. Com vendas fracas, os cruzeiros nunca foram repetidos, e provaram, a época, que o mercado brasileiro ainda não estava preparado para viagens de navio em baixa temporada.
As conseqüências se refletem até os dias atuais: as companhias se sentem inseguras em basear um navio o ano inteiro no Brasil, devido a entre outros problemas, a sazonalidade das temporadas, e a tentativas anteriores fracassadas como essa da CVC.
Em outras ocasiões, outras companhias tentaram, também sem sucesso, basear navios no Brasil durante a intertemporada de inverno local.
Recentemente (em 2008) a CVC chegou a projetar, junto com a Pullmantur, uma nova tentativa, com o dispendioso Sky Wonder que estava ocioso na Europa, mas ela acabou não decolando.
Bela materia, seria bom ter muitos comentarios,ou ate mesmo um forum de debates, eu ainda acho que falta muita infraestrutura no nordeste para que um dia possamos ter algum navio o ano todo. La temos uma temperatura agradavel o ano todo e teriamos de ter um calendario definido com eventos, passeios turisticos e preços atraentes pra começar.Quem sabe a ideia de verão o ano todo poderia ser um diferencial. Ja que cruzeiros combinam com calor.
Abraços a todos, \\\\Pedro Jorge
Creio que o grande erro foi o fato de excluir o Rio e Santos dos roteiros criados, creio que saidas durante o ano todo devem ser baseadas no sudeste, onde está o principal mercado consumidor de cruzeiros no Brasil.
Antonio Carlos
Boa tarde a todos.Concordo com você Antonio Carlos,seria legal termos opção o Ano todo aqui no sudeste,saindo de Santos.Daniel continue nos dando informações preciosas.Sua fã.Eliana Frandsen.
Se o governo colaborar nos impostos/incentivos e as agências estimular o consumidor brasileiro, há uma parcela de chance de dar certo. Mas nunca será como na Europa, por exemplo. Grande questão Daniel, abraços.
Creio que não ter embarques no eixo Rio-São Paulo, acaba tornando mais complicado essa estratégia..
Tb acho que teriam de ser incluidos minis…
A prática de preços mais convidaditivos tb deve ser adotada…
pq não manter uma rota prata??? Uma noite a mais em Buenos Aires, mais tempo em Montevideu…
Cruzeiro de inverno no Prata seria muito TOP!!!