“Os cruzeiros servirão como alternativa durante a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016”, concordaram o diretor comercial da MSC Cruzeiros, Adrian Ursilli, e o diretor de Cruzeiros da CVC, Rodolfo Szabo. A afirmação foi feita durante o seminário “Cruzeiros no Brasil, uma mar de oportunidades”, que foi promovido pelo Comitê de Viagens e Negócios da Amcham-SP, na capital paulista.
Os executivos revelaram que o investimento para novos hotéis possa resultar para as cidades um excesso de oferta, caso a demanda não continue nos anos seguintes das competições. “Atenas [na Grécia] utilizou navios atracados em sua costa como um apoio para a hotelaria local e o resultado foi muito bom. Não é necessário aumentar a hotelaria se depois o mercado ficará ocioso”, pontuou Szabo.
Para Ursilli, o projeto é viável, mas para que isto aconteça seriam necessárias mudanças na legislação brasileira. “Os portos também precisaram ser reformados. O que não falta no Brasil são projetos, mas precisam sair do papel”, disse. De acordo com Adrian, o Rio de Janeiro está um passo à frente de outras cidades já que o governo do Estado aprovou o projeto Porto Maravilha, que visa à reestruturação e reforma do porto carioca.
No entanto, como lidar com as distâncias dos portos para as cidades-sede? A capital fluminense conta com um terminal na cidade, mas o Porto de Santos (SP), por exemplo, está a 1h30 da capital paulista. Para o diretor da CVC isto não é um problema, já que parcerias com empresas de transfer e as boas condições das estradas neste trecho solucionariam o problema. “O aeroporto de Guarulhos também está distante cerca de uma hora do centro e todos os turistas estrangeiros chegarão por lá”, acrescentou.
Quem também participou do evento foi o presidente do Comitê, Bernardo Feldberg, e o vice-presidente executivo da Abremar, André Pousada, que está há poucos meses à frente deste cargo. “Tenho aprendido muito, e os reflexos de que nos últimos dez anos o mercado cresceu mais de 300% mostram que os cruzeiros estão em franco crescimento”, disse Pousada, acrescentando que o Brasil é o sexto maior mercado no mundo. “Fiquei impressionado com a qualidade da apresentação e abordaremos com mais ênfase no nosso cronograma de 2010”, encerrou Feldberg.