Queen Victoria no Rio de Janeiro, leia mais sobre a escala. |
Enquanto esteve em Buenos Aires no final de janeiro, o Queen Victoria, foi proibido de exibir sua bandeira do registro naval britânico. Registrado nas Bermudas, o navio é operado pela tradicional empresa inglesa Cunard Line, que chegou a ter um de seus navios utilizados pelo governo inglês na Guerra das Malvinas em 1982.
Segundo um canal de TV inglesa o comandante do Queen Victoria foi forçado a baixar a bandeira do registro naval britânico enquanto o navio esteve na Argentina, sob pena de receber uma “pesada multa”. Em volta ao mundo, o Queen Victoria, que é operado pela Cunard Line, esteve em Buenos Aires no final de janeiro, após escalar Montevideo.
Bandeira à proa em Fortaleza, veja mais fotos deste dia. |
Lord West of Spithead, um ex-almirante da Marinha da Inglaterra estava a bordo como passageiro, e afirmou sentir-se insultado com o gesto argentino, que o foi confidenciado pelo capitão em um jantar alguns dias após a escala na capital argentina. Segundo ele, o capitão teria dito que o navio ainda foi punido pelos argentinos com uma multa de 10,000 dólares, e que haveria problemas se a bandeira não fosse baixada. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido se manifestou sobre o caso, afirmando que o comportamento argentino é inaceitável e que está conversando com a Carnival UK, que detém a Cunard Line, sobre o ocorrido para que ações possam ser tomadas.
Adonia, da P&O Cruises |
Para os meios de comunicação britânicos, o incidente estão ainda relacionados com a vontade da Argentina em anexar a seu território as Ilhas Falkland, o que levou à Guerra das Malvinas de 1982. A Cunard Line teve um de seus navios, o Queen Elizabeth 2, utilizado no conflito para transportar tropas da Inglaterra ao Atlântico Sul. Além da Royal British Navy, o Canberra, da P&O Cruises também foi empregado no conflito.
Nos últimos anos, o Governo Argentino tem tomado diversas medidas de retaliação a navios britânicos que escalam seu território. Em 2012, o Star Princess, da Princess Cruises, e o Adonia, da P&O Cruises, não foram autorizados a atracar em Ushuaia devido aos seus registros britânicos (veja notícia da época). No ano passado, a P&O decidiu cancelar todas as suas escalas em território argentino para evitar problemas, uma vez que “não seria possível garantir que estas ocorressem sem complicações” (leia mais).
É, o atual governo argentino é muito ruim. Lamentável.