Joint-venture entre o grupo de investimentos espanhol Springwater e a Royal Caribbean Cruises, a Pullmantur Cruceros pode voltar a atuar diretamente no Brasil futuramente. A companhia espanhola deixou o mercado nacional em 2016, após fechar seu escritório brasileiro em definitivo.
No auge de sua operação nacional, a Pullmantur chegou a ter três navios no país, dedicados integralmente ao mercado local. Hoje com uma frota de quatro embarcações, a empresa segue atuando indiretamente no Brasil em parceria com a CVC. O Sovereign, maior navio da frota, segue realizando temporadas no país, fretado pelo operador brasileiro.
De acordo com Mario Franco, diretor geral da Royal Caribbean Cruzeiros, a companhia espanhola, tem o interesse de retomar sua operação própria no Brasil. “A Pullmantur só deixou o Brasil devido aos custos elevados do Brasil. As questões de remessas e de manutenção de uma empresa foram determinantes”, disse ele ao Portal WorldCruises.com durante o II Fórum CLIA Brasil.
Segundo o diretor, o acordo com a CVC, que hoje possibilita a operação nacional do Sovereign, foi criado nesse contexto, para redução de custos. Um ambiente de negócios favorável, no entanto, faria com que a companhia voltasse a atuar diretamente no país.
“O retorno da Pullmantur é do interesse até da própria CVC. Só precisamos que isso tudo seja resolvido para voltar”, disse Franco, citando os problemas enfrentados pelas companhias de cruzeiro no mercado nacional e que foram discutidos pelo fórum (clique aqui para ver).
Franco explicou que o Sovereign é operado no Brasil em um acordo de time-charter. A CVC fica responsável pela parte comercial como um todo, além da criação e realização dos itinerários. A Pullmantur fornece o navio e as condições para sua operação, incluindo provisões e tripulação.
Novo navio pode vir da Royal ou outra companhia
O diretor ainda aventou a possibilidade da ampliação da frota da companhia espanhola.”A Pullmantur está se reestruturando, buscando equilíbrio financeiro e está alcançando-o”, disse ele.
Assim, deve receber em breve mais embarcações, algo que não acontece desde 2013 – quando o Monarch deixou a frota da Royal Caribbean e seguiu para a marca espanhola. “Muito provavelmente chegarão novos navios, sejam da Royal ou de outras companhias”, disse Franco. Para o diretor, essa será a deixa para a companhia buscar novos mercados.
“Acho um produto ideal para o Brasil por atingir a classe C, bem como as classes B e A”, comentou Franco. “O all-inclusive é um atrativo muito forte, bem como a linguagem a bordo, o espanhol”.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Daniel Capella, CLIA e PhilipRJ 89