Indústria de cruzeiros investe US$ 22 bi em tecnologias sustentáveis

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Ano após ano, a indústria de cruzeiros tem progredido na implementação de tecnologias e práticas sustentáveis. Segundo o Relatório de Práticas e Tecnologias Ambientais de 2019, que acaba de ser lançado pela CLIA (Cruise Lines International Association), o setor investiu mais de $ 22 bilhões de dólares em navios com novas tecnologias energeticamente eficientes e combustíveis mais limpos.

Enquanto os navios de cruzeiros representam muito menos de 1% da comunidade marítima global, as armadoras estão na vanguarda do desenvolvimento de práticas turísticas responsáveis ​​e tecnologias inovadoras.

“Nossa indústria lidera a gestão ambiental. Todo o setor de transporte marítimo se beneficia da adoção antecipada de tecnologias inovadoras pelas linhas de cruzeiro – muitos dos quais não existiam cinco a 10 anos atrás”, disse Michael Thamm, Presidente da CLIA Europa e CEO da Costa Group e Carnival Asia.

Confira os destaques do relatório:

Menos emissões
  • Gás Natural Liquefeito – O relatório de 2019 constatou que 44% dos navios entrando em operação no futuro terão o Gás Natural Liquefeito como propulsão primária, um aumento de 60% na capacidade geral em comparação com o ano passado.
  • Limpeza de gases de escape: Mais de 68% da capacidade global utiliza o Sistema de Limpeza de Gases de Escape, conhecido em inglês como EGCS. A tecnologia é utilizada para atender os requisitos de emissões atmosféricas. Sua capacidade aumentou em 17%, em comparação com o ano passado. Além disso, 75% dos novos navios que não terão GNL como propulsor, terão o EGCS instalado, um aumento na capacidade de 8% em relação ao ano passado.
  • Tratamento de águas residuais: Todos os navios novos sob encomenda são especificados para ter sistemas avançados de tratamento de águas residuais. O número é 26% que o de 2018. Atualmente, 68% da capacidade global da frota da CLIA é atendida por sistemas avançados de tratamento de águas.
  • Idade da frota: os navios da CLIA estão ficando mais jovens: a idade média é de 14,1 anos, em comparação com 14,6 no ano anterior.
  • Energia elétrica dos portos: Cada vez mais navios de cruzeiro estão equipados com tecnologia que permite o uso da eletricidade local durante sua estadia em um porto. Assim, sem a necessidade de manter os motores ligados, os navios minimizam consideravelmente suas emissões enquanto atracados.

Uso de energia local é tendência

Com tecnologia, navios podem usar energia do porto enquanto atracados

Com relação ao uso da energia local em portos, a CLIA destaca que: 

  • 88% dos navios em construção pode ser equipada no futuro com sistemas de que permitem conectar com a eletricidade dos portos;
  • 30% da capacidade global (um aumento de 10% desde 2018) está equipada para operar com eletricidade local nos 16 portos que fornecem  serviço no mundo;
  • O número de navios na frota da CLIA ultrapassa o número de portos com capacidade de prover energia. No entanto, existem muitas parcerias com portos e governos para aumentar a disponibilidade.

“As empresas associadas à CLIA são apaixonadas por oceanos limpos, e comprometidas com práticas de turismo responsáveis ​​e com os mais altos padrões de gestão ambiental – com políticas e práticas muitas vezes superiores às exigidas por lei,” disse Adam Goldstein, presidente da CLIA Global e vice-presidente da Royal Caribbean Cruises Ltd.

“Embora sejamos encorajados e orgulhosos pelo progresso que fizemos, sabemos que ainda há trabalho a ser feito. A indústria de cruzeiros é pioneira na proteção ambiental marítima e assumiu o compromisso de toda a frota reduzir a taxa de emissões de carbono em 40% até 2030 em comparação a 2008”, completou. 

III Fórum CLIA discute sustentabilidade no Brasil

A sustentabilidade também foi um tema bastante debatido durante o III Fórum CLIA Brasil 2019. O evento aconteceu no dia 28 de agosto, em Brasília, e contou com lideranças do setor e do governo.

O cuidado com a proteção do meio ambiente esteve presente na abertura do evento e no último painel, mediado pelo presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz. “Levamos muito a sério esse tema e, a cada ano, ficamos mais conscientes e mais sustentáveis”, ressaltou Ferraz.

Texto (©) Copyright CLIA Brasil (adaptado) / Imagens (©) Copyright Daniel Capella

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