Em 2005, Island Star era batizado no Porto de Santos

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Island Star chega ao Rio de Janeiro, em foto de Edson Lima Lucas

Quando chegar ao Brasil no final deste ano, o Costa Toscana deve se tornar o segundo navio de cruzeiro moderno a ser batizado em águas nacionais. Com o gigante, a Costa Crociere irá repetir o feito da popular Island Cruises que, em 2005, realizou a cerimônia em Santos. 

Na ocasião, a empresa, até então parte do Grupo Royal Caribbean, se tornou a primeira a promover o batismo em um porto brasileiro. A tradicional cerimônia marca a entrada em operação de um navio. É uma espécie de inauguração, que costuma ser um evento de gala, com a presença de convidados importantes e também de autoridades. 

Island Star foi inaugurado no Concais

Segunda embarcação da Island, o Island Star protagonizou o fato histórico ao se tornar a primeira de seu tipo a ser batizada no Brasil. O país foi escolhido para a estreia mundial do navio, que até então era operada pela Celebrity Cruises.

Recém-saído do estaleiro, o Island Star chegou aqui após uma reforma de 23 milhões de dólares. Pouco depois, no dia 20 de dezembro de 2005, foi batizado no Porto de Santos, em cerimônia que contou com cerca de 250 convidados, entre jornalistas, autoridades e agentes de viagem.

Na foto de Edson Lima Lucas, Island Star é visto no Rio de Janeiro

Marina Bandeira Klink, mulher do navegador Amyr Klink, serviu como madrinha. Na ocasião, Ricardo Amaral, diretor da Sun & Sea International – que representava a Island no Brasil – afirmou que a empresa evitou escolher “celebridades instantâneas” para a função, já que o ato seria “perpetuado na história dos cruzeiros no Brasil”.

“Acho que fui indicada porque sou uma mulher que dou suporte ao marido em terra firme enquanto ele navega. Além disso, admiro e respeito essa opção dele”, disse Marina durante o batismo. 

Solenidade completa

Também participou da solenidade o presidente mundial da Island Cruises, o irlandês Patrick Ryan. “O brasileiro é responsável pelo nosso crescimento e o batismo aqui foi a maneira que encontramos de homenagear quem nos acolheu tão bem”, disse na época. 

Além dele, estiveram presentes outros executivos de alto calão da companhia e também da Sun & Sea. O prefeito de Santos na ocasião, João Paulo Tavares Papa foi outro convidado e chegou a discursar durante a cerimônia. 

Na foto de Marcelo Lopes, Island Star passa pela Ponta da Praia em dezembro de 2005

Durante o evento, aconteceram ainda uma apresentações do 2º Batalhão da Infantaria Leve, de dançarinos e cantores do Island Star e de cortejo de bandeiras – incluindo a do Brasil, Reino Unido, país sede da Island Cruises, e do navio.

O Island Star foi também abençoado em orações por dois sacerdotes, o rabino Henry Sobel e o bispo de Santos, dom Jacyr Francisco Braido.

Ao fim das apresentações, a solenidade foi encerrada com a quebra de uma garrafa de champanhe no costado do navio, além da soltura de balões. No mesmo dia, o Star seguiu em viagem inaugural para Búzios, somente com convidados a bordo. 

Breve atuação no país

Apesar da estreia festejada, o Island Star realizou apenas três temporadas no Brasil, se despedindo do país já em 2008. No período, complementou a programação do Island Escape, que era composta por mini-cruzeiros e viagens temáticas, oferecendo viagens mais longas, com foco maior em famílias. 

Já transformado em Horizon, a serviço da CDF, em foto de Rui Agostinho

Pouco depois, em 2009, foi transferido para a Pullmantur Cruceros, que o operou até o ano passado. Inicialmente com o nome Pacific Dream, realizou cruzeiros pelo Caribe e Mediterrâneo. Depois, passou a se chamar Horizon, nome que tinha quando foi construído nos anos 1990. 

Em 2010/2011, chegou a retornar ao Brasil, realizando temporada nacional fretado à CVC. Na ocasião, realizou roteiro incomum, que incluía embarques em São Francisco do Sul, Santos, Rio de Janeiro e Vitória. 

Sucata?

Após onze anos de serviço pela Pullmantur, e também sua filial francesa CDF, o Horizon deixou de operar em 2020. Com a recuperação judicial de seu operador, declarada em junho, o navio foi devolvido a seus proprietários, o Grupo Royal Caribbean.

Apesar da expectativa de que fosse encalhada para desmanche logo após a devolutiva, a embarcação segue ancorada na Grécia até este momento. O futuro do navio, no entanto, é incerto e a sucata ainda é o caminho mais provável. 

Dez meses depois, Horizon continua na Grécia

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