A plataforma de series e filmes Netflix lançou, em 2019, uma nova série chamada Alto-Mar. De produção espanhola, a série é ambientada nos anos 1940 e gira em torno de uma travessia atlântica entre a Espanha e o Brasil.
O roteiro, que envolve assassinatos e um mistério, se passa a bordo de um transatlântico fictício chamado Barbara de Braganza. De acordo com a produção da série, que ficou a cargo do estúdio espanhol Bambú Producciones, o navio é inspirado em navios de linha dos anos 1930 como o SS Normandie e o RMS Queen Mary.
Este último, inclusive, empresta sua aparência externa externa ao Braganza. Último exemplar de sua era, o QM está imobilizado em Long Beach, na Califórnia, servindo de hotel. Assim, serviu como locação para algumas cenas e teve seus interiores estudados para a produção de cenários.
Uma das características mais emblemáticas do Barbara de Braganza e sua decoração em estilo Art-Decó, é um grande mural dourado e marrom que reproduz um mapa com a rota do navio entre Vigo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. O mapa é uma reprodução de um original a bordo do Queen Mary, que ilustra a rota que o navio servia, de Southampton a Nova Iorque, no Atlântico Norte.
O próprio estúdio onde a série foi filmada incorporou características de um navio, sendo construído em formato retangular com corredores e cabines na mesma disposição em que costumam ser encontradas a bordo.
De acordo com o Hollywood Reporter, a produção ainda utilizou peças autênticas da época para alguns cenários específicos. Objetos e painéis originais foram trazidos da Inglaterra e norte da Espanha para recriar a ponte de comando e o salão principal da primeira classe.
Queen Mary serve como hotel e museu desde os anos 1960
Quando resolveu aposentar seus dois Queens originais, no final dos anos 1960, a Cunard Line encontrou uma forma de preservar sua memória. Decidiu vender os navios a quem se dispusesse a preservá-los em sua integridade.
Após várias propostas, a companhia inglesa escolheu vender o Queen Mary para a prefeitura de Long Beach, na Califórnia. O Queen Elizabeth foi vendido para um grupo de empresários de Fort Lauderdale, na Flórida.
Comissionado em 1936, o Queen Mary chegou a Long Beach, onde se encontra desde então, em 1968 para se tornar um museu e hotel flutuante.
O Queen Elizabeth, no entanto, não teve a mesma sorte. Sua história acabou em 1972 após um incêndio no porto de Hong Kong. Ainda que os empresários planejassem conservar o navio como hotel e museu, assim como seu irmão Mary, o projeto se tornou financeiramente inviável. Assim, o navio de 1939 foi revendido e renomeado Seawise University.
Enquanto era preparado para operar na Ásia, foi tomado pelo fogo e acabou naufragando. Posteriormente, seus restos foram desmontados e reciclados.
Repetindo a história, o Queen Elizabeth 2 se tornou hotel e museu, bem como centro de convenções em Dubai. Comissionado em 1969 e aposentado pela Cunard em 2008, o navio abriu suas portas ao público no ano passado.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Netflix (reprodução), Florian Boyd, Mike Fernwood e desconhecido.
Olá, bom dia!!
Eu não sabia que o Queen Mary tornou um hotel flutuante – isso é muito bacana, mesmo que o mesmo não navegue, mas resgatar a história desse navio através da decoração e instalações não tem preço. Lembro-me quando o Melody, que fazia o nordeste do Brasil virou sucata na África e por fim foi desmantelado….chega a ser nostálgico por ter sido um navio que tantas alegrias proporcionou aos brasileiros.
Olá, bom dia!!
Eu não sabia que o Queen Mary tornou um hotel flutuante – isso é muito bacana, mesmo que o mesmo não navegue, mas resgatar a história desse navio através da decoração e instalações não tem preço. Lembro-me quando o Melody, que fazia o nordeste do Brasil virou sucata na África e por fim foi desmantelado….chega a ser nostálgico por ter sido um navio que tantas alegrias proporcionou aos brasileiros.