Agora fora da AIDA Cruises, o AIDAcara é um dos poucos navios da companhia que conta com histórico de operação no Brasil. A embarcação foi a primeira da marca alemã a visitar o país, realizando diversas temporadas completas por aqui.
Com o setor de cruzeiros local em franco crescimento, o AIDAcara estreou no Brasil em 2010/2011. Na ocasião, a companhia chegou, inclusive, a ensaiar uma entrada no mercado brasileiro.
Inicialmente, a AIDA prometeu adaptar seu produto ao público local, adotando o português como uma das línguas a bordo, modificando horários de refeições, contratando tripulação local e modificando cardápios. O entretenimento também ia ser personalizado, enquanto a moeda a bordo passaria do euro para o dólar americano.
Os roteiros partiam do Porto de Santos, visitavam o Nordeste e o Sudeste e tinham duração de 4, 7 ou 9 noites. Ainda estavam previstas duas travessias entre a Europa e o Brasil, em novembro de 2010 e março de 2011.
A operação parecia ser o próximo passo para a expansão do Grupo Costa no Brasil. Até então composto por três companhias, o conglomerado vinha passando por forte crescimento na região e já tinha duas de suas marcas no país – a própria Costa Crociere e também a Ibero Cruceros.
Em 2010/2011, as duas companhias trouxeram um total de seis navios para a América do Sul. Entre eles, o Costa Serena, maior a realizar a temporada completa na região.
Mudança de planos
Pouco após o anúncio original da temporada brasileira, no entanto, a AIDA Cruises reviu seus planos. Citando uma demanda excepcional para os roteiros no próprio mercado alemão, a companhia promoveu mudanças significativas na temporada.
Os roteiros originais foram substituídos por viagens mais longas e o público alemão passou a ser o foco da operação. Assim, os planos de servir o mercado local caíram por terra.
Com permanência na América do Sul ampliada em um mês, o AIDAcara realizou quatro rotas diferentes na região – todas com 14 noites de duração. A Argentina e o Uruguai foram incluídos nos itinerários e os portos-base passaram a ser Santos e Buenos Aires.
O destaque da estação foram dois cruzeiros para o Cabo Horn e a Patagônia, com ida e volta para Buenos Aires.
A companhia ainda passou a oferecer pacotes completos para os cruzeiros pela região, que incluíam parte aérea e também estadia na América do Sul antes e depois do embarque.
No Brasil, os itinerários incluíram Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Ilhabela, Itajaí, Búzios, além de Recife e Salvador.
Rotas pelo Amazonas e Região Norte
Na mesma temporada, a AIDA também estreou roteiros pelo Norte do Brasil, usando Manaus como porto de embarque. A capital do Amazonas recebeu o AIDAvita, servindo como uma das pontas para um roteiro de 14 noites que também visitava o Caribe.
Após apenas duas viagens na temporada 2010/2011, a operação foi expandida na estação seguinte, passando a se tornar regular.
Como os roteiros do AIDAcara, a operação era voltada ao mercado alemão e contava com a venda de pacotes completos para o público europeu.
Fim das rotas no país e retorno pontual
Temporadas similares foram realizadas pelo AIDAcara e pelo AIDAvita até 2013/2014, quando a companhia alemã resolveu deixar o país em definitivo.
Um eventual retorno só aconteceu na temporada 2017/2018, mas com operação bastante distinta. Realizando seu primeiro cruzeiro de volta ao mundo, a AIDA decidiu incluir o Brasil no itinerário da viagem de 116 noites.
Assim, o AIDAcara visitou os portos de Recife e do Rio de Janeiro, em novembro de 2017. Com sua venda, a passagem acabou se tornando a última do navio no país.
Na estação seguinte, a volta ao mundo da companhia visitou o Brasil novamente, mas foi operada pelo AIDAaura. Novamente em viagem ao redor do globo, o navio passou pelo país também em 2019/2020.
Para a temporada 2021/2022, estava prevista a estreia do AIDAsol – que realiza, pela priemira vez, o roteiro de volta ao mundo da AIDA.