O leilão da marca Pullmantur Cruceros terminou no fim do mês de março. Voltado a vender a marca da antiga companhia de cruzeiros, o certame terminou sem vencedor.
De acordo com a imprensa espanhola, os administradores da insolvência da empresa – que entrou com pedido de recuperação judicial ainda em 2020 – chegaram a receber propostas informais de potenciais interessados. Nenhuma, no entanto, foi levada a cabo.
Em documento apresentado às autoridades espanholas, os responsáveis pelo processo explicaram que será necessária a publicação de um novo edital para a continuidade do leilão – que é parte do processo de liquidação da antiga Pullmantur.
Assim, o leilão deve ser relançado com novo prazo e, agora, sem um lance mínimo.
Lançado em janeiro, o procedimento original para a venda da marca Pullmantur previa um lance mínimo de 177 mil euros.
Os interessados também precisavam submeter ao administrador da insolvência da empresa uma proposta de uso do recurso, além de um plano de negócio e uma agenda de pagamentos.
De acordo com o El Economista, site espanhol especializado em finanças, a marca da Pullmantur chegou a ser avaliada em 10 milhões de euros no período anterior à pandemia.
A emergência sanitária, no entanto, levou a forte desvalorização do negócio, que, pouco depois, já tinha seu valor reduzido a 3,5 milhões de euros.
Recuperação judicial e liquidação
Quando entrou em recuperação judicial em 2020, a Pullmantur Cruceros era gerida pelo grupo de investimento espanhol Springwater. A empresa, fundada em 2000, também contava com o Grupo Royal Caribbean como uma de suas principais acionistas.
Com sua antiga frota vendida a sucateiros e diversas tentativas de retomada de operação frustradas, a companhia teve sua liquidação decretada ainda em 2021.
De origem espanhola, a Pullmantur chegou a operar dezenas de navios durante sua trajetória, realizando cruzeiros no Mediterrâneo, América do Sul, Caribe, Oriente Médio, Ilhas Canárias e Norte Europeu.
No Brasil, ficou conhecida por sua parceria com a CVC e, mais recentemente, por seus mini-cruzeiros operados no sistema all-inclusive.
Pullmantur entra em fase de liquidação e não voltará a operar cruzeiros
Texto (©) Copyright Daniel Capella (com informações de El Economista) / Imagens (©) Copyright Daniel Capella