Royal Caribbean cancela cruzeiro e próxima saída do Grandeur of the Seas

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Adam Goldstein, CEO da Royal Caribbean conversa com
passageiros sobre incêndio no Windjammer Café.

Após ser atingido por um incêndio na madrugada de ontem, enquanto se dirigia a CocoCay, o Grandeur of the Seas, da Royal Caribbean, acabou imobilizado em Freeport, nas Bahamas. Após avaliar o navio por todo o dia de ontem, a Royal Caribbean decidiu terminar o cruzeiro que era feito atualmente em Freeport. A viagem, que havia partido no final de semana de Baltimore, nos EUA possuía 7 noites, e já havia feito uma escala em Port Canaveral; escalaria ainda em Nassau e Cococay, nas Bahamas.

Adicionalmente, a companhia decidiu cancelar a saída seguinte, que aconteceria em 31 de Maio, para poder realizar todos os reparos necessários no navio da classe Vision. Passageiros do cruzeiro com partida em 24 de Maio receberão reembolso de parte do valor pago pela viagem, e poderão ser acomodados em hotéis pela companhia até que consigam transferência aérea de volta à Baltimore, tudo por conta da Royal Caribbean. Já quem tinha viagem marcada para 31 de Maio receberá de volta o valor total pago pelo cruzeiro, e ainda ganhará um desconto de 50% em um cruzeiro futuro com a companhia. Vôos e transfers comprados com a Royal poderão ser cancelados, com seus valores sendo completamente reembolsados. A companhia ainda se responsabilizará por os transfers e vôos comprados com outros operadores, pagando tacas de transferência de datas para atender ao dia de seus novos cruzeiros.

Outros casos de incêndio a bordo. 

Em 2006 o Star Princess, da Princess Cruises também foi vítima de um incêndio em alto-mar na América do Norte. Mais grave que o do Grandeur, o fogo no Star Princess atingiu a lateral da embarcação, e queimou diversas cabines, além de parte do deck das piscinas.

Um passageiro morreu no incidente, e 11 pessoas terminaram feridas. Investigações mais tarde comprovaram que o fogo pode ter sido causado por um cigarro ainda acesso atirado por um passageiro para o mar, mas que com o vento teria voltado ao navio e atingido algo inflamável.

O Carnival Ecstasy, da Carnival Cruise Line, passou por uma situação bem semelhante a do Grandeur of the Seas. Um incêndio de grandes proporções se alastrou pelo popa do navio, mas ao contrário do caso do Grandeur, fujiu de controle, e não foi controlado pelo sistema de supressão de incêndio. Por sorte, a embarcação encontrava-se ainda próxima ao porto de Miami Beach, de onde havia acabado de partir.

O incidente ocorreu em 1998, e 8 passageiros e 14 tripulantes acabaram feridos. O incêndio teve origem na principal lavanderia do navio, que encontra-se na popa.


No final de 2002, um dos raros casos de perda total para navios de cruzeiro modernos. O Wind Song, da Windstar Cruises, então adminis- trada pela Carnival Corporation , foi atingido por um incêndio de grandes proporções na região da Polinésia Francesa. 127 passageiros e 92 tripulantes que estavam a bordo foram evacuados, e não houve relato de feridos.

O fogo iniciou-se de madrugada, na casa de máquinas principal, após a partida do Porto de Papatee, no Haiti, onde embarcava para cruzeiros semanais. Após o incêndio, o navio foi rebocado pela Marinha France até Papetee, onde foi possível avaliar a proporção dos danos. Apesar das áreas públicas do veleiro motorizado estarem praticamente intactas, o estrago nas casas de máquinas era irreparável, e a Carnival, que administrava a companhia através da Holland America decidiu afundar o navio na região, após retirar todos os possíveis poluentes que ainda estavam a bordo.


Em 2011, com cobertura nossa (clique aqui  e aqui par ver), o M/S Nordlys, da companhia norueguesa Hurtigruten foi atingido por um incêndio que causou a morte de dois de seus tripulantes e 18 feridos, muitos deles com queimaduras graves. Uma explosão na casa de máquinas causou o incêndio, que começou por volta das 9h da manhã, enquanto o navio se dirigia a Alesund, na Noruega.

O navio foi evacuado, e posteriormente rebocado para um porto norueguês onde, após cerca de 24 horas de seu início, foi controlado. Após certo tempo em reparo, o Nordlys que tem capacidade para 691 passageiros e 220 tripulantes voltou a operar normalmente.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright de seus respectivos autores. 
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3 Comentários

  1. Estou curioso para saber as causas deste acidente da Royal. Espero que não tenha sido nada ligado a manutenção , como nos últimos casos da Carnival.

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