Visitamos o Rio Douro, um dos maiores rios de Portugal, para apresentar a atividade de cruzeiros fluviais na região. Principal destino de cruzeiros deste tipo na península ibérica, e um dos principais de toda a Europa, o rio é visitado por navios da Douro Azul, CroisiEurope, Viking River Cruises, Ama Waterways, e outras.

O Queen Isabel, mais novo navio da Douro Azul
Alto Douro, também da Douro Azul, é conhecido como
Douro Prince, quando utilizado em fretamentos.

O Douro é o terceiro maior rio da península ibérica. Nascendo em uma serra na Espanha, o rio percorre quase 1,000 km antes de desaguar no Atlântico. Dividido entre a Espanha e Portugal, é um marco na paisagem da região, sendo considerado inclusive patrimônio da humanidade pela UNESCO na categoria paisagem cultural, devido principalmente ao centro produtor de vinho que fica às suas margens, em uma região conhecida como Região Vinhateira do Alto Douro, já em Portugal.

Como Douro Prince,é  utilizado pela SAGA, Noble Caledonia e outros operadores.

Apesar de ter boa parte de sua extensão na Espanha, o rio é mais celebrado em Portugal, onde tem sua foz, que se localiza entre as cidades de Porto e Vila Nova de Gaia. No país lusitano também estão localizadas a maior parte das barragens e eclusas, são no total 15. Destaque para a da Régua, finalizada em 1973, e que inclui uma eclusa para elevação das embarcações em 28 metros e meio.

Douro Cruiser, outro dos navios da Douro Azul.
Uma das embarcações da CroisiEurope em navegação.

O rio é rodeado pelas serras do Marão e de Montemuro. A plantação de vinho é característica da região, com uma particularidade marcante: a técnica do terraceamento. A maioria das plantações é feita em terraços, talhados nas encostas dos vales ao longo do rio Douro e seus afluentes. Essa fator cria uma paisagem única em boa parte do rio, com as encostas de seu entorno listrado pelos terraços.

Encontro de navios da Douro Azul em Pinhão.
Douro Cruiser na Barragem Bagauste.

Rústica e um tanto pitoresca, a região desfruta de um clima mediterrâneo, o que favorece não só o cultivo das parreiras para o vinho, mas também de oliveiras, que produzem a matéria prima para o famoso azeite português, além de amendoeiras e figueiras. A paisagem é heterogênea, chegando a possuir uma aparência de agreste na parte superior, já mais próxima à fronteira com a Espanha. Além da natureza, é destaque do vale como um todo a herança medieval. Diversos castelos e palácios se localizam na região, demonstrando sua importância estratégica desde épocas distantes.

Dois dos naios da CroisiEurope, o Vasco da Gama e o Fernão de Magalhães se cruzam próximos a uma barragem.
Douro Cruiser no Pinhão.

Região turística, o vale do Douro é também destino de navios de cruzeiro fluviais, comuns em diversos rios europeus. Apesar de menos extenso que o Rio Tejo, o Rio Douro possui maior quantidade e variedade de cruzeiros fluviais, devido ao fato de ser navegável em toda a sua extensão, algo que não ocorre no rio que deságua próximo da capital portuguesa.

Fernão de Magalhães, da CroisiEurope

O Douro é casa para todo o tipo de navios fluvial, tanto os mais tradicionais, que realizam cruzeiros de cerca de uma semana e roteiros longos, como também hotéis barge, barcos, yatchs e embarcações de luxo. Também são comuns no rio cruzeiros de um dia; passeiros pela parte mais urbana do rio, com partida de Porto ou Vila Nova de Gaia.

Continue lendo sobre o Douro na parte 2, que será publicada ainda esta semana!

Texto (©) Copyright Daniel Capella. 
Imagens (©) Copyright Rui Minas Agostinho.

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