A indústria de cruzeiros conseguiu uma antiga reivindicação que tinha junto ao governo. O Decreto Presidencial número 9.500, publicado nesta terça-feira (11) no Diário Oficial aumentou de 90 para 180 dias a validade do visto dos profissionais que trabalham nos navios em viagem de longo curso.

O texto afasta o risco do Brasil ter uma temporada reduzida para 90 dias em 2018/2019. Pelas estimativas da entidade que representa os navios de cruzeiros, CLIA Brasil, com base na última temporada, caso a duração da estada dos navios na costa brasileira fosse encurtada, a economia nacional perderia 7 mil empregos e R$ 450 milhões.

Para os cruzeiros marítimos, o aumento na validade do visto para marítimos representa uma redução no custo operacional com taxas em R$ 5 milhões.

“Essa era uma demanda histórica, que ajuda a simplificar a nossa operação e, consequentemente, facilita a busca por novos navios para a próxima temporada. É mais um entrave que, com a ajuda fundamental do Ministério do Turismo, com a ajuda da Casa Civil e a atuação determinante da Presidência da República a gente consegue superar”, comentou Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.

No final de agosto, a CLIA realizou um evento em Brasília para reivindicar melhorias para os cruzeiros. O evento contou com a presença de autoridades, bem como executivos das companhias de cruzeiro. Clique aqui para ler mais.

Temporada começa em novembro

29 navios passarão pelo Brasil em cruzeiros de longo curso

A temporada 2018/2019 de cruzeiros começa em novembro. No total, terá sete navios de cabotagem, com cruzeiros que começam e terminam nos portos nacionais. Além disso, a temporada contará com 29 embarcações de longo curso. Estes navios realizam escalas no país em cruzeiros internacionais.

Em média os navios permanecem 120 dias em operação no Brasil. Uma eventual redução para 90 dias representaria uma perda de 25% na movimentação econômica e geração de emprego. De acordo com estudo da FGV, um cruzeirista gasta mais de R$ 500 em cada escala.

“Não podemos nos dar ao luxo de perder esses empregos e a injeção desses recursos na nossa economia. Temos a obrigação moral de abrir postos de trabalho e criar alternativas para a população. O turismo tem diversas soluções nesse sentido”, comentou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

Texto (©) Copyright Ministério do Turismo / Imagens (©) Copyright Daniel Capella

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *