Ao atracar no Terminal de Veículos (TEV) no último dia 29, o MSC Seaview protagonizou um fato inédito: sua escala inaugural no Guarujá. Na história do Porto de Santos, essa foi apenas a segunda vez que um navio de passageiros atracou na margem esquerda, localizada majoritariamente no balneário paulista.
Antes do navio da MSC Crociere, apenas o Nadezhda Krupskaya havia atracado naquele lado do porto, em 1963. Na ocasião, a embarcação russa também realizou reabastecimento, mas utilizou a Ilha Barnabé – parte da área continental de Santos.
Assim, o MSC Seaview é, provavelmente, o primeiro navio de passageiros a visitar o Guarujá na história do porto.
Após uma noite atracado, o navio partiu para a barra na manhã do dia 30, seguindo, no dia seguinte, para a Europa.
Parada no TEV pode estar relacionada a visita de presidente
Localizado em frente ao Concais, o terminal de cruzeiros de Santos, o TEV é especializado na exportação de veículos e é administrado pela Santos Brasil. Não está clara a razão que levou o MSC Seaview ao local, já que o Cais de Outeirinhos, que vinha sendo utilizado nas últimas escalas, permanece vazio na maior parte da escala no Guarujá.
A mudança pode estar relacionada, no entanto, a uma visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Guarujá. Na ocasião, o chefe do executivo nacional estava hospedado no Forte dos Andradas.
Apesar de receber navios de cruzeiro, o Cais de Outeirinhos fica em área militar, pertencente à Marinha do Brasil. Assim, pode ter sido reservado durante a visita do chefe do executivo à região.
Apesar disso, outros berços na margem direita também encontram-se vagos durante a parada, que teve pouco menos de 24 horas.
Assim como os maiores navios de cruzeiro que visitam Santos, o Seaview não consegue atracar no Concais. Seu comprimento, cerca de 325 metros, excede o do cais localizado em frente ao terminal.
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Essa restrição de atracar no Concais, não deve ser pelo comprimento dos navios, mas pela altura, é só reparar nas fotos que antes do Concais tem uma torre com cabos de alta tensão que são mais baixos que os navios.