Com painel dedicado, 5º Fórum CLIA Brasil discute futuro dos terminais de cruzeiro nacionais

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Executivos dos terminais de cruzeiro junto a Marco Ferraz, presidente executivo da CLIA Brasil

Realizado no final de agosto, o 5º Fórum CLIA Brasil também discutiu o futuro dos terminais de cruzeiro no Brasil. 

O evento contou com um painel especialmente dedicado ao assunto, que reuniu representantes dos terminais de Santos, Rio de Janeiro e Salvador. Localizado em Balneário Camboriú, o Atracadouro Barra Sul também esteve presente. 

Santos – Mudança para o Valongo

Representando Santos, o presidente do Concais, Luis Antônio Floriano destacou a possível mudança das instalações do terminal. 

Em pauta há mais de um ano, o projeto de mudança do receptivo para o Valongo ainda enfrenta incertezas. 

Luis Antônio Floriano, presidente do Concais, o terminal de cruzeiros de Santos 

“Quando começou com essa conversa de mudança da área do Concais, por conta da necessidade de acomodar terminais de carga no local em que estamos, nós achamos que era complicado por conta das demandas de autorização de muita gente”, disse, apontando para autarquias e outros órgãos federais. 

Agora, no entanto, a empresa passou a “gostar muito” da ideia, acrescentou, e pretende construir um novo terminal “de ponta, muito bonito e eficiente”.

“A operação vai ser muito mais ágil, muito mais interessante e confortável para o passageiro”, explicou Floriano. 

A mudança, no entanto, ainda precisa, justamente, de autorizações de órgãos públicos antes de ser efetivada. 

“Não depende só da gente, do administrador privado, o Concais no caso. Você tem que passar por todos os departamentos para ter a aprovação para poder iniciar a obra”,  revelou. 

Uma vez que todas as licenças tenham sido conquistadas, o prazo para abertura do novo terminal é de três anos, concluiu Floriano. 

Rio de Janeiro – Nova estrutura entre armazéns 

Já o porto do Rio de Janeiro foi representado por América Relvas, diretor de operações do Pier Mauá. 

Segundo ele, mudanças contratuais permitiram que o terminal projete uma nova expansão passando a ocupar áreas entre seus armazéns que atualmente servem como praças públicas. 

“Nós vamos ser autorizados a cobrir aquelas quatro pracinhas. Ali era notório a falta de conforto que o passageiro tinha, era sol de 40ºC, ou era chuva de tormenta, chuva de verão”, disse Relvas. 

Américo Relvas, diretor de operações do Píer Mauá, o terminal de cruzeiros do Rio de Janeiro 

“Com isso, vamos ganhar 8 mil metros quadrados de área coberta e climatizada, com ar condicionado. Uma estrutura bonita, que vai contrastar com os armazéns que são tombados”, explicou. 

Nos bastidores, o terminal também está trabalhando em um acordo para acrescentar à sua área de responsabilidade o cais de atracação. 

“Vamos diminuir a burocracia de entrada e saída de caminhões, ônibus e uma série de outras coisas. Com esse adensamento de cais, também vamos garantir a atracação de até 3 navios em berços privados, competindo com Santos”, acrescentou Relvas. 

Salvador – Terminal vertical 

Já Gilberto Menezes, diretor de operações do Contermas, de Salvador, destacou as características do terminal. 

“O Porto de Salvador tem um terminal de cruzeiros vertical, extremamente moderno e recém construído”, disse, comparando-o com as estruturas de Santos e Rio de Janeiro. 

Menezes ainda frisou o planejamento para as temporadas, que inclui reuniões com a CLIA, a Polícia Militar e outros órgãos, além da localização do Contermas, que fica próximo à uma área turística. 

Gilberto Torres de Menezes Júnior, diretor de operações do Contermas, o terminal de cruzeiros de Salvador

“Diferente de outros terminais, em Salvador, o nosso turista sai do porto a pé para fazer os passeios. Vai para o Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Pelourinho. É uma facilidade que nenhum outro porto no Brasil traz. Pode também embarcar em vans e ônibus, mas para locais mais distantes, contratados de agências”, explicou. 

O diretor também disse que os arredores do porto são bastante seguros para os hóspedes. 

“A polícia acompanha o roteiro a pé dos turistas, ela sabe todo o caminho, que conta com placas de acompanhamento. Os poucos casos (de assalto) que acontecem são recuperados”, explicou. 

“Por incrível que pareça, um celular roubado é recuperado no mesmo dia. Então a questão da segurança para o turista em Salvador é perfeita, é excelente”, concluiu. 

Balneário Camboriú – Envolvendo toda a cidade 

Para Gustavo Bauer, gerente de operações do Atracadouro Barra Sul, de Balneário Camboriú, receber navios na cidade é a “realização de um sonho”. 

“Estamos realizando este sonho, um legado que ficou e estamos nos preparando a cada dia nesse trabalho”, disse. 

Gustavo Bauer, Gerente de Operações do Atracadouro Barra Sul, em Balneário Camboriú

“Desde a nossa primeira escala, foi envolvida a cidade toda, a Secretaria de Turismo, a Guarda Municipal, os guardas de trânsito. Todo mundo fica sabendo”, acrescentou Bauer. 

Para o futuro, Balneário Camboriú tem a pretensão de passar a contar também com embarque e desembarque de passageiros, acrescentou o gerente. 

A possibilidade vem sendo discutida com a CLIA Brasil, além de outros órgãos locais e federais. 

Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright CLIA Brasil

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1 Comentário

  1. Piada o que representante de Salvador falou de que os arredores do porto seguro … MENTIRA !!! Sera que ele circula calmamente la com seu celular na mão ???

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