Nove meses depois da parada operacional causada pela pandemia, a Royal Caribbean International vendeu os dois mais antigos navios da sua frota. O Empress of the Seas e o Majesty of the Seas serão repassados aos seus novos donos no final deste mês.
A companhia não revelou quem são os compradores, limitando-se a dizer que são da região Ásia-Pacífico e que detalhes do futuro dos navios devem ser divulgados no futuro.
“O Empress e o Majesty of the Seas fizeram marcas indeléveis na indústria de cruzeiros, com seus tamanhos e projetos revolucionários. Considerados os navios mais revolucionários quando inaugurados, eles continuaram a fazer história por três décadas de serviço”, disse Michael Bayley, presidente e CEO da Royal Caribbean International.
“Dizer adeus para estes adorados navios é um marco importante na história da Royal Caribbean – um momento difícil, mas necessário. Com planos para novos, modernos navios entrando na frota nos próximos anos esperamos continuar criando memórias para nossa tripulação e passageiros”, completou.
Saída dos navios já havia sido planejada antes
Tanto o Majesty como o Empress já tinham planos para se despedir da frota da Royal Caribbean International anteriormente. O Empress, inclusive, chegou a deixar a companhia em 2008.
Na ocasião, passou a navegar pela Pullmantur Cruceros, servindo o mercado brasileiro e o mercado espanhol. Posteriormente, em um movimento único da indústria de cruzeiros, o navio retornou à frota da Royal Caribbean em 2016.
Após um investimento significativo em seus interiores e condição técnica, passou a oferecer cruzeiros entre os EUA e Cuba.
Projetado para realizar mini-cruzeiros, o Empress entrou em operação em 1990. Construído na França, tem capacidade para 1.607 passageiros em ocupação dupla, além de cerca de 50 mil toneladas.
A história completa do navio está disponível neste link, do especial que publicamos para marcar seus 30 anos.
Já o Majesty se tornou recentemente o único navio da classe Sovereign. Seus dois gêmeos, Sovereign e Monarch estão sendo desmontados na Turquia, após vários anos navegando pela Pullmantur.
Em 2014, após transferir os dois para sua filial espanhola, a Royal Caribbean chegou a revelar que faria o mesmo com o Majesty. O navio deveria ter passado a navegar pela Pullmantur em 2016, com potenciais roteiros pelo Mediterrâneo e América do Sul.
A transferência, no entanto, foi cancelada pouco depois, em 2015. Na ocasião, a Royal Caribbean disse que a decisão foi tomada devido a uma forte demanda popular pela permanência do navio em sua frota.
Assim, após uma reforma significativa, seguiu oferecendo cruzeiros curtos entre a Flórida e as Bahamas.
Construído na França, o Majesty of the Seas entrou em operação em 1992, realizando cruzeiros semanais entre Miami e o Caribe Oriental. Com capacidade para cerca de 2.700 passageiros e cerca de 74 mil toneladas, é considerado um dos primeiros mega-navios de cruzeiro.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Sergio Ferreira, Royal Caribbean e Daniel Capella