Está atracado no Porto do Recife o veleiro Sedov, navio escola da Rússia. A embarcação, de 91 anos, uma das maiores do mundo, fica na cidade até domingo. A embarcação está em viagem pela volta do mundo e escolheu a capital pernambucana para sua única parada em águas brasileiras. Os cadetes embarcaram em Brest, navegaram de São Petersburgo e de lá para Casablanca. Da cidade marroquina, vieram para o Recife. Depois do Recife, o navio segue para Montevidéu, Ushuaia, Valparaiso, Callao, Papeete e Apia.

Histórico, o navio tem 117 metros de comprimento, 15 metros de largura e quatro mastros. Foi a primeira embarcação do tipo a ter um motor instalado. Sua velocidade máxima atinge 18,2 nós. É apontado pelo Guinness Book como o maior navio-escola a vela do mundo. Sua velas somam 4.150 metros quadrados de área total. É um exemplo das embarcações utilizadas no final do século 19.

O Sedov foi construído na Alemanha em 1921 com o nome Madalena Vinnen e navegava sob a bandeira alemã, carregando nitratos para o Chile. Em 1936, a embarcação foi reformado para um navio de treinamento. Em 1945, foi premiado no Reino Unido e na União Soviética por reparações de guerra. Seu nome presta uma homenagem ao seu famoso explorador russo Georgy Sedov, um dos primeiros homens a alcançar o polo norte.

A tripulação é formada por 100 cadetes, além de 57 tripulantes da equipe regular e até 40 turistas. Os viajantes pagam 100 euros por dia para a viagem em cabines com mais seis ou oito outras pessoas. As quatro refeições são feitas com os cadetes, que são futuros oficiais da navegação, engenheiros e operadores de rádio que estão a bordo em treinamento.
Texto (©) Copyright Diário de Pernambuco (adaptado).
Imagens (©) Copyright Antonio Saéz e Rui Agostinho.

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