Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, a maior parte das companhias de cruzeiro no mundo anunciou a suspensão voluntária e temporária de suas operações globais.
As decisões, tomadas individualmente, foram motivadas não só para tentar evitar o contágio de tripulações e passageiros, mas também devido a queda da demanda e a instabilidade operacional. Mais e mais portos se fecham para os cruzeiros diariamente, enquanto países inteiros decidiram fechar suas fronteiras no combate ao novo vírus na última semana.
Cenário nos Estados Unidos foi decisivo
Outro fator decisivo para a parada total foi a perspectiva dos EUA verem seus casos aumentarem. Até então operando normalmente no país, as companhias viram o cenário mudar quando o presidente norte-americano Donald Trump declarou situação de emergência no país.
Após o caso envolvendo o Grand Princess, que chegou à Califórnia com 21 infectados pelo novo coronavírus, Trump ainda fez um apelo pessoal às companhias. Através de seu Twitter, pediu que as empresas parassem sua operação temporariamente.
Em seguida, a CLIA recomendou a parada de todos os navios em águas norte-americanas. Com a operação na Europa já altamente prejudicada pelo bloqueio da Itália e aumento dos casos em outros países, e a Ásia ainda totalmente fechada para os navios, as consequências foram naturais.
Com dois navios afetados, Princess toma a dianteira na suspensão
No último dia 12, a primeira companhia grande a anunciar uma parada total foi a Princess Cruises, logo seguida pela Disney Cruise Line. Já no dia 13, outras duas marcas do grupo Carnival, a AIDA Cruises e a Costa Crociere, tomaram a dianteira na Europa, anunciando a parada de seus navios.
Ainda no dia 13, a Norwegian Cruise Line Holdings decidiu parar suas três marcas, a Norwegian Cruise Line, a Regent Seven Seas e a Oceania Cruises.
No mesmo dia, a Royal Caribbean Cruises também parou suas marcas, a Royal Caribbean International, a Celebrity Cruises, a Azamara Cruises e a Silversea Cruises. A princípio válida apenas para os cruzeiros nos EUA, a suspensão de serviço foi depois extendida para toda a operação global.
No dia 15, a MSC Crociere também anunciou a parada de sua frota. Primeiro nos EUA, a companhia italiana informou que pararia a operação no Caribe e em destinos de risco. A América do Sul e a África do Sul também estavam inclusas na lista de destinos em que os navios parariam.
No entanto, na contra-mão da tendência mundial, o escritório brasileiro da companhia garantiu que a operação seguiria normalmente até o fim da temporada.
Posteriormente, mais e mais armadores seguiram a decisão, ocasionando uma parada quase total da operação de cruzeiros a nível mundial.
Companhias com operação suspensa e previsão de retorno global:
Lista atualizada em 13 de Abril
- Princess Cruises –
10 de Maio/23 de Junho para navios na Austrália e 10 de maio no resto do mundo; - Celestyal Cruises –
1 de Maio/29 de Junho; - Virgin Voyages – 7 de Agosto;
- Viking Cruises –
1 de Maio/30 de Junho; - Costa Crociere –
3 de Abril/30 de Abril/1 de Junho; - AIDA Cruises –
1 de Abril/30 de Abril/1 de Junho; - Norwegian Cruise Line Holdings (NCL, Oceania e Regent) –
11 de Abril/11 de Maio com exceção do Norwegian Sun, que teve cruzeiros cancelados até 18 de Outubro; - Royal Caribbean Cruises (Royal Caribbean, Celebrity, Azamara e Silversea) –
11 de Abril/1 de Julho no Alaska e Nova Inglaterra e 12 de Maio para restante do mundo; - Cruise & Maritime Voyages – 24 de Abril;
- Windstar Cruises –
1 de Maio/22 de Maio; - Fred. Olsen Cruise Lines – 23 de Maio;
- Disney Cruise Line –
1 de Abril/28 de Abril/Disney Wonder retorna em 6 de Julho e restante da frota em 16 de Maio; - Carnival Cruise Line –
10 de Abril/Navios do Alaska voltam a operar em 30 de Junho, os da Austrália em 15 de Junho. Restante da frota volta a navegar em 26 de Junho, com exceção do Carnival Radiance, do Carnival Legend, do Carnival Miracle e do Carnival Sunrise, que tiveram todos os cruzeiros cancelados até, respectivamente, 1 de Novembro, 30 de Outubro, 4 de Outubro e 30 de Outubro; - Cunard Line –
11 de Abril/16 de Maio; - Holland America Line –
15 de Abril/15 de Maio; - Seabourn –
11 de Abril/15 de Maio; - P&O Australia –
12 de Abril/16 de Junho na Austrália e 30 de Junho na Nova Zelândia; - P&O UK –
11 de Abril/16 de Maio, incluindo atraso na entrega do novo Iona; - Saga Cruises – 1 de Maio;
- MSC Crociere –
1 de Maio nos EUA e 3 de Abril na Europa/29 de Maio em todo o mundo; - Bahamas Paradise –
10 de Abril/Grand Celebration em 8 de Maio e Grand Classica em 2 de Junho; - TUI Cruises –
sem retorno definido/1 de Maio/12 de Maio; - Hapag-Lloyd Cruises –
18 de Abril/9 de Maio/1 de Junho; - Marella Cruises –
28 de Março/23 de Abril/1 de Junho; - CroisiEurope –
15 de Abril/30 de Abril/16 de Maio; - Ponant –
19 de Abril/15 de Maio; - Scenic Tours –
30 de Abril/1 de Julho; - SeaDream –
12 de Abril/7 de Maio; - Star Clippers –
11 de Abril/9 de Maio/23 de Maio; - FTI Cruises –
1 de Abril/9 de Abril/1 de Maio; - Plantours –
1 de Maio/9 de Maio; - Dream Cruises –
sem previsão de retorno/Genting Dream em 3 de Junho, Explorer Dream em 5 de Julho. World Dream segue sem previsão; - NYK/Asuka Cruise –
sem previsão de retorno/15 de Julho; - Pullmantur Cruceros –
2 de Maio/30 de Maio; - Crystal Cruises –
21 de Abril para marítimos e 12 de Abril para fluviais/7 de Junho para marítimos e fluviais, entrega do Crystal Endeavour atrasada em 1 mês; - Star Cruises –
sem previsão de retorno/1 de Maio; - Costa Asia – sem previsão de retorno;
- Astro Ocean Cruises – sem previsão de retorno;
- Venus Cruise –
sem previsão de retorno/7 de Junho; - Phoenix Reisen –
22 de Abril/2 de Maio; - Paul Gauguin –
11 de Abril/7 de Maio; - The World (Residences at Sea) – 30 de Maio.
Texto e Imagens (©) Copyright Daniel Capella
Pedi o cancelamento das reservaS de 4 cabines para viagem prevista para dez/2020 para a MSC no Brasil e até agora nenhuma resposta .
Será q terei q tomar outra medida??!