Explosão destrói navio de cruzeiro no Libano

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Imagem da Al Jazeera mostra o Orient Queen bastante danificado no Porto de Beirute

A explosão que devastou parte de Beirute, a capital do Libano, nesta terça-feira (4/8) também destruiu um navio de cruzeiro. De acordo com a Al Jazeera, o Orient Queen estava atracado no porto da cidade, próximo de onde ocorreu o incidente. 

Operado por uma companhia de cruzeiros libanesa, a Abou Mehri Cruises, o navio está fora de serviço devido à pandemia de COVID-19. Ainda assim, contava com diversos tripulantes a bordo. Entre eles, o oficial italiano Vincenco Orlandini (foto), que acabou ferido com o impacto. 

Sujo de sangue, Orlandini revelou à Al Jazeera que diversos tripulantes se feriram e alguns tiveram de ser levados a hospitais. “Eu ouvi a explosão e voei para o (lado) oposto do lobby. Aterrizei no carpete e tive sorte, acredito que isso foi o que me salvou”, disse o oficial. 

Uma imagem da Al Jazeera mostra o Orient Queen com significante dano à sua estrutura e parcialmente adernado. “O navio está totalmente destruído – as cabines, o lounge, tudo”, acrescentou Orlandini. 

Orient Queen realiza cruzeiros para o público libanês e já esteve no Brasil

Navio em Recife no começo de 2014

Em condições normais, o Orient Queen é dedicado a cruzeiros para o público libanês sob a bandeira da Abou Mehri. De pequeno porte, o navio costuma embarcar em Beirute durante o verão local, realizando cruzeiros para a Grécia e Turquia. 

Construído na Espanha em 1989, a embarcação tem capacidade para cerca de 350 passageiros e navegou originalmente com o nome Vistamar. Com suas pouco mais de 7400 toneladas, o Orient Queen chegou a navegar no Brasil há alguns anos. 

Na temporada 2013/2014, foi fretado pela brasileira BCR Cruzeiros para viagens com destino ao arquipélago de Fernando de Noronha. Pouco depois de seu início, no entanto, a operação acabou cancelada devido a problemas entre os proprietários do navio e a empresa brasileira. 

Texto (©) Copyright Daniel Capella (com info de Al Jazeera) / Imagens (©) Copyright Al Jazeera (reprodução) e Milvo Rossarola 

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