Futuro do Costa Marina, e a relação com a Ibero

Com a notícia da saída do Costa Marina da frota da Costa Crociere, e a entrada do Grand Voyager em seu lugar, a Ibero Cruceros acaba perdendo mais um de seus navios para outras subsidiárias da Costa. O Grand Voyager se juntará ao Mistral, como navio da Ibero, mas que não opera mais para a marca (no caso do Mistral, com exceção da operação no Brasil), isto, porque o Mistral está sendo utilizado pela Paquet Croisiéres (joint-venture destinada ao mercado francês entre a Costa, detentora da marca Paquet e do navio e a TMR, que comercializa e opera as viagens) desde Abril, e será liberado somente alguns dias antes de partir para o Brasil.

Segundo a imprensa francesa, ambas as partes já negociam a renovação do contrato para o ano que vêm, novamente de Abril a segunda quinzena de Outubro. Além disso, foi anunciado pela Costa que o Grand Voyager substituirá o Costa Marina nos roteiros previstos até Dezembro de 2012, portanto, ano que vêm, a Ibero terá a sua disposição na Europa somente dois navios, o Grand Celebration e Holiday. Daí parte a primeira especulação sobre o destino do Costa Marina, aumentar a oferta da Ibero, substituir os “desfalques” da companhia. Hipotése que ganha força, ao lembrarmos que a transferência do Costa Victoria (noticiada em Setembro do ano passado (clique para ver a notícia da época)) não se concretizou. Caso a transferência do Costa Marina não se concretize, não está descartada a transferência do Costa Victoria ou de outros navios para a companhia em 2012.

A questão do futuro do Costa Marina está intima- mente ligada ao mercado francês. Atual- mente, o navio está fretado a empresa francesa TAAJ Croisiéres, que o posicionou no Mediterrâneo e na Europa do Norte, para viagens com embarque em Marselha e Le Havre Segundo algumas fontes, ao fretar o navio, a companhia francesa teria a opção de comprar o navio ao final do contrato, e teria exercido a compra. Porém, esta mesma empresa, fretou para a temporada de verão europeu de 2012 o Costa Allegra, e, a não ser que queira operar dois navios, não teria motivo para compra-lo.

Além disso, por ter sido construído em 1991, utilizando um casco de 1969, o Costa Marina pode ser também uma opção para a sucata. Já que segundo a imprensa britânica o navio ainda precisaria de ajustes para poder operar de acordo com o SOLAS 2010, contudo, esta é uma hipótese mais remota. Assim como a que dá conta da venda do navio para empresários tailandeses (como noticiado por nós ainda no ano passado: veja), para ser usado em eventos de promoção do país ao redor do mundo.

Uma coisa é certa, o futuro do navio ainda está em aberto, e outras opções ainda podem aparecer ao navio de mais de 20 anos.