Funchal entra em doca-seca enquanto Danae aguarda reforma e Porto passa por ajustes

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Princess Danae que ainda não tem data prevista para entrar em doca-seca. 
Princess Danae – futuro Lisboa – e Porto lado a lado em Lisboa.
A frota da Portuscale Cruises continua em sua epopeia para voltar a se tornar operativa. O novo operador português comprou a maior parte dos navios que eram parte da frota da Classic International Cruises, Princess Danae, que será renomeado Lisboa, Porto que até então se chamava Arion, o Funchal, que manterá seu nome, e o Athena, que passará a se chamar Azores compõem a companhia que irá operar cruzeiros, mas terá como principal foco o frete de suas embarcações para outros operadores. Na última semana, o Funchal trocou de lugar com o Porto na foca seca do estaleiro Naval Rocha, após mais de dois anos imobilizado em um cais comercial do Porto de Lisboa.
Funchal sendo rebocado para doca-seca do estaleiro Naval Rocha. 
O Funchal está atualmente sem propulsores, retirados em 2010.
Enquanto esteve imobilizado, o Funchal passou por incertezas, e chegou a ser cogitada a sua venda para a sucata. No final do ano passado, com o falecimento de seu proprietário, e da empresa que o administrava, a possibilidade era tão real, que poucos chegaram a acreditar que o navio voltaria um dia a navegar. Especialmente porque as obras – na época inacabadas e abandonadas – eram necessárias para adaptar o navio ao SOLAS 2010 (Convention for Safety of Life at Seas).
Sem a adaptação, o navio estaria proibido de continuar navegando pois não atenderia as condições de segurança necessárias para ser autorizado a operar com passageiros. A realidade porém, se mostrou diferente, e agora, o Funchal está a receber a finalização das obras de adaptação, que foram iniciadas em 2010, e deverá voltar aos mares em breve. Na doca seca, o Funchal recuperará seus propulsores (que haviam sido retirados), motores e geradores revisados, interiores finalizados, e exterior completamente repintado (provavelmente com o casco preto e chaminé amarelo já implantados no Porto).
Tudo isso, para poder voltar a operar em Setembro deste ano, afretado a um outro operador. A informação não confirmada dá conta que o tradicional navio português faria três cruzeiros com embarque em Gotemburgo, na Suécia, e depois um cruzeiro aos Açores, provavelmente destinado ao mercado português, sob a bandeira da Portuscale. Outro que voltará a operar em breve é o Porto, que passa por últimos retoques em um cais de Lisboa, e deverá partir em breve para a Grécia, também para operar fretado a uma empresa local.
O Azores, que está em doca-seca em Marselha, França, onde foi apreendido ano passado por conta de dívidas do seu então operador, também é cotado para fretamentos, e deve voltar a operar ainda esse ano. Da frota da Portuscale, somente o Princess Danae ainda não tem futuro planejado, já foi decidido que o navio se chamará Lisboa, mas ainda não há prazo definido para sua volta a serviço, nem para um período em doca-seca. A embarcação, que está com seu exterior deteriorado, e demonstra muitos pontos de ferrugem é gêmea do Princess Daphne, que continua sob propriedade dos filhos de George Potamianos, falecido em 2012, havia fundado a Classic International Cruises há algumas décadas. 
Além dos navios da Portuscale, também estiveram em Lisboa neste dia o Crystal Serenity, da Crystal Cruises,  e o …
… Azamara Quest, da Azamara Cruises.
Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Rui Minas Agostinho.
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