A Hurtigruten ampliou sua frota com navio português que iria operar no Brasil. Adquirido pela DouroAzul para navegar na Amazônia, o navio acabou vendido à companhia norueguesa, e agora irá realizar cruzeiros costais e de expedição na Escandinávia.

A Hurtigruten anunciou recentemente que comprou o ferry Atlântida, construído para serviço no arquipélago português dos Açores e que havia sido comprado pela DouroAzul neste ano. Rebatizado com o nome temporário Norway Explorer, a embarcação foi construída em 2009 pelo estaleiro português Viana do Castelo, mas nunca chegou a entrar em operação.

Na Noruega, será o 13° navio da frota da Hurtigruten, que opera viagens costais e cruzeiros de expedição no país escandinavo e nas regiões polares.

Midnatsol

A companhia afirmou que o navio, que tem capacidade para 320 passageiros, possui um sistema de propulsão eficiente e moderno, com capacidade de manobra e tamanho ideal. A embarcação substituirá o Midnatsol na costa norueguesa, já que este irá se juntar ao Fram em cruzeiros de expedição pela Antártica durante a temporada 2016/2017. 

“Nós investimos em nossa frota para garantir que a Hurtigruten continue a ser líder mundial em viagens de expedição sustentáveis ​​ao longo da costa norueguesa e em águas polares”, afirma o CEO da Hurtigruten, Daniel Skjeldam.

Já na Escandinávia, o Atlântida passará por uma total reconstrução antes de surgir com as características de sua nova companhia. A reforma o adaptará aos padrões da Hurtigruten, que é uma das mais tradicionais companhias de transporte de passageiros do mundo. Também será necessário adaptar o navio para a navegação em região polar, o que será feito antes que o navio comece a operar pela companhia, no ano que vêm.

Segundo a companhia, o navio não só reforça sua frota, como também “abre uma janela de oportunidade para expandir serviços e ofertas em destinos como a Groenlândia, Svalbard e Antártica”.

Operação no Brasil cancelada

Antes de ser vendido para a Hurtigruten, o Atlântida havia sido adquirido pela DouroAzul, que pretendia operá-lo em cruzeiros de luxo pelo Rio Amazonas. O plano original era iniciar a operação entre Manaus, no Brasil, e Iquitos, no Peru, já em janeiro de 2016. Leia artigo nosso da época neste link.

Assim como a maior parte dos planos para a operação de cruzeiros no Brasil, o projeto esbarrou em dificuldades operacionais. Em maio deste ano, a empresa abordou a operação no Brasil, e decidiu vender o Atlântida, citando grande procura de outros operadores por embarcações com tais características. Na época, a DouroAzul afirmou que ainda pretendia operar na Amazônia, mas apenas na Colômbia e Peru.

O plano da companhia de cruzeiros fluviais portuguesa de operar neste região data de 2005, e foi adiado por várias vezes. Há alguns anos, três navios de cruzeiro fluvial chegaram a ser encomendados para entrar em operação no Amazonas, mas tiveram suas construções canceladas. As entregas estavam previstas para 2012, 2014 e 2016; a empresa pretendia aproveitar o fluxo de turistas da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Texto (©) Copyright Adaptado de Discover Cruises e Daniel Capella. 
Imagens (©) Copyright Hurtigruten, Frode Adolfsen e João Quaresma. 

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